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Até 2025, setor de Petróleo deve abrir 500 mil empregos no Brasil

Segundo estimativa da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (ABESPetro), pelo menos 500 mil novos empregos deverão ser criados no setor até 2025. No final do ano passado, o número de empregados na área de petróleo beirava os 340 mil postos, que devem ser ampliados até 837 mil em cerca de três anos, um aumento de quase 500 mil vagas.

De acordo com a Associação, em projeção divulgada à imprensa, os novos postos são previstos para o segmento de exploração e produção de óleo e gás, com salário médio de R$ 16 mil. Um dos motivos para o aumento da oferta de postos é a retomada dos leilões de áreas para exploração do petróleo, entre outros fatores, como o aumento do barril, que teve reajustes a partir do final de 2022. Um desses leilões foi realizado pelo governo federal no último dia 17 de janeiro.

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Para quem quiser aproveitar as oportunidades que deverão ser ofertadas, especialmente na área de exploração e produção, a gerente de operações de uma plataforma de petróleo, Liziane Kimie Kanabayashi, explica que algumas questões devem ser consideradas por quem tem interesse em atuar na área. Uma delas é saber que o trabalho em uma plataforma de petróleo é pesado e, muitas vezes, braçal. “É preciso pedir ajuda quando necessário, respeitar o próprio corpo e manter-se saudável, alimentando-se e descansando bem”, aconselha.

Com 16 anos de experiência na área de Petróleo e Gás, ela ressalta que a garantia de segurança na plataforma é um dever de todos que atuam no local. Antes de embarcar, todas os funcionários precisam passar por um Treinamento Básico de Segurança (BST), incluído no Treinamento Básico de Emergência e Indução de Segurança, conhecido como Bosiet.

“Nesse treinamento, aprendemos sobre segurança e o que fazer em casos de emergência a bordo. Ele compreende também o Treinamento de Escape de Helicóptero Submerso, que nos possibilita o conhecimento prático sobre o que fazer em caso de emergência durante a viagem de ida e volta da plataforma”, explica a profissional.

Acostumada a gerenciar equipes com até 120 pessoas, Liziane Kanabayashi enfatiza que além dos conhecimentos técnicos, os trabalhadores que atuam em plataformas de petróleo precisam saber conviver em um ambiente de trabalho isolado, longe da família e das comodidades existentes em terra. Apesar disso, é plenamente possível se comunicar para fora do que ela chama de “ilha de metal”.

“Há telefone, internet e computadores disponíveis para serem usados para comunicação. Todos deixam suas famílias e amigos em terra e estão confinados em uma ilha de metal. Por isso, para trabalhar é essencial o respeito às pessoas e saber viver em comunidade. É muito importante saber compartilhar ambiente, obedecer às regras de convívio”, comenta ela, acrescentando que é preciso também disposição para escutar e aprender com os demais colegas do local.

Governo lança previsão de produção de petróleo e gás até 2032

No último dia 30 de janeiro, o Ministério de Minas e Energia lançou a versão atualizada do caderno “Sensibilidade e Análise Econômica para a Previsão da Produção de Petróleo e Gás Natural”, que faz parte dos estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) para os próximos anos até 2032.

Segundo o órgão, a publicação discute alternativas para o setor, por meio de análises de sensibilidade, além de tratar do aumento da produção, com base na recuperação e incremento das reservas, com foco na oferta permanente de áreas. O documento também traz previsões para descarbonização do setor.

No que se refere à produção de petróleo offshore (no mar), o documento mostra que a produção nas bacias de Santos e Campos, que representam cerca de 94% da produção marítima acumulada até 2021, deve atingir o pico em 2029, com expectativas de atingir o dobro de produção registrada em 2022.

No estudo, é ressaltado que a Bacia de Campos, no entanto, apresenta uma previsão de declínio da produção para os próximos 10 anos. “Estima-se o incremente de cerca de 1 bilhão de barris de óleo equivalente dos volumes recuperáveis a cada 1% do aumento do FR (Fator de Recuperação) para a Bacia de Campos”, diz o documento.

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