A White Martins, multinacional brasileira de fabricação de gases industriais e medicinais, assinou um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o Complexo do Pecém para participar do HUB de Hidrogênio Verde.
Lançado em fevereiro pelo governo do Ceará, o hub busca parcerias para o desenvolvimento de uma cadeia de valor para o hidrogênio verde.
A meta do governo é tonar o estado um fornecedor global do combustível produzido a partir de energia renovável.
O projeto abrange desde a geração de energia renovável à produção de hidrogênio verde e derivados, armazenamento, distribuição e consumo, inclusive para exportação, e conta com a participação da Federação das Indústrias do Estado (Fiec) e Universidade Federal do Ceará (UFC).
A parceria com a White Martins pretende “estabelecer e desenvolver as potencialidades da produção local, voltada prioritariamente à exportação para a Europa. Com a assinatura do MoU, o Complexo do Pecém prestará o suporte para mapear novas oportunidades de negócios para a produção e o fornecimento de hidrogênio verde pela White Martins”, diz o complexo portuário em nota.
“Identificamos nesta parceria a possibilidade de inovar na produção e no fornecimento de energia limpa com investimentos na cadeia de valor do Hidrogênio Verde, aproveitando a sinergia da planta de gases do ar da White Martins já existente no Complexo Industrial e Portuário do Pecém”, explica Guilherme Ricci, diretor de Hidrogênio e Gás Natural Liquefeito da White Martins.
A empresa detém tecnologias e expertise em áreas-chave da cadeia do hidrogênio, como eletrolisadores, tecnologia para uso em mobilidade e experiência com injeção de hidrogênio em redes de gás natural, entre outras.
Plano de investimento de US$ 5 bi
O Ceará também se prepara para receber a maior usina de hidrogênio verde do mundo. Com investimentos de 5,4 bilhões de dólares, o projeto Base One da Enegix Energy quer produzir mais de 600 mil toneladas de hidrogênio verde anualmente a partir de 3,4GW de energia renovável firme.
O Porto do Pecém foi escolhido não apenas pela infraestrutura, mas pelo acesso às quantidades necessárias de água. O complexo também conta com benefícios tributários de Zonas de Processamento de Exportação (ZPE).
A expectativa é que o projeto leve de três a quatro anos para ser construído, mas a operação pode começar um pouco antes da conclusão.
Exportação de hidrogênio atrai plano de investimento de US$ 5 bi para o Ceará
FONTE: EPBR