A programação do Viva Usina desse final de semana (13 e 14) está repleta de grandes nomes da cultura. O projeto movimenta a Usina Energisa com atrações gratuitas e que mostram todo o potencial dos artistas paraibanos.
No sábado, 13, Fernando Teixeira, ator, dramaturgo, lança sua autobiografia ‘Trás Ontonte’ (Editora Ágora, 214 páginas), no Palco Bonde, às 18h. O livro traz a história de um dos atores e dramaturgos mais importantes da Paraíba contada de forma cronológica, desde suas primeiras lembranças em Conceição, Sertão paraibano, até o dia em que concluiu o livro.
A autobiografia reúne uma coleção de memórias de mais de 60 anos de carreira artística, seja como ator de teatro ou cinema, que se confundem com a própria história do teatro paraibano.
Conhecido como o ‘homem das artes’, o livro de Fernando Teixeira fundou o curso de Teatro na UFPB, o Grupo Bigorna e até o Teatro Lima Penante. Ele também tem contribuições valiosas ao cinema, a exemplo de ‘Parahyba Mulher Macho’, ‘Baixio das Bestas’, ‘O Sonho de Inacim’, ‘Aquarius’, ‘Os Incontestáveis’, ‘Deserto’ e ‘Rebento’, entre outros.
O lançamento será mediado por Nivaldo Rodrigues, artista-docente, diretor, editor e pesquisador da interface cinema e literatura. É doutor pela Universidade Estadual da Paraíba, desenvolve investigações e oficinas com ênfase na atuação, dramaturgia e roteiro e, em especial, no espectador. Também participa de curadorias educativas em dramaturgia teatral e literatura. É fundador da Ágora- Produção e Execução de projetos e idealizador e editor da Revista Expectação: itinerários estéticos. Atua, ainda como pesquisador do Observatório Crítica literária e literaturas menores CNPq/UEPB e como organizador do projeto No Reino da Contação.
Performance Artística
O Palco Bonde recebe no sábado, 13, o Coletiva Raízes com a performance “Tempo, Amor, Vento e Água”. O grupo é composto por Raysa Prado (Rayo) e Raiz Ferreira, dois corpos LGBTQIAPNB+ migrantes em solo paraibano.
A apresentação começa às 20h e, nesta performance audiovisual, Raiz e Rayo se tornam ‘corpas-personagens’, que viajam pelo seu trajeto ao mar, até o seu encontro na praia, uma analogia que percorre a história de vida dos personagens.
Cultura Popular
Na Sala Vladimir Carvalho, Vó Mera vai trazer toda a força e ancestralidade da cultura popular, em uma apresentação no domingo, 14, às 19h. Junto com “Suas Netinhas”, a Mestra da Cultura Popular promete muita ciranda e coco de roda, expressões genuínas da tradição e identidade paraibanas.
Domerina Nicolau da Silva nasceu em Alagoinha (PB), em 1934, mas foi em João Pessoa, no bairro do Rangel, que se tornou uma referência da cultura popular. Vó Mera gravou seu primeiro disco somente em 2008, em uma parceria entre a UFPB e a Funjope. Em 2015, fez uma participação na novela Velho Chico e em 2018 foi condecorada pelo Governo Federal com a medalha Comendadora da Cultura. Vó Mera também recebeu o reconhecimento de Mestra da Cultura, beneficiada pela Lei Canhoto da Paraíba.
Exposição
A exposição ‘A Cidade Que Habita a Galeria: A Urbe Como Matéria da Arte’ está aberta à visitação até o dia 31 de julho, na galeria Alexandre Filho, reunindo obras dos artistas Camô Criativa, Cyber Dantas e Fany Miranda. O horário para visitação é de terça a domingo, das 9h às 18h.
O projeto Viva Usina é realizado através da Lei de Incentivo à Cultura, com produção da Atua Comunicação Criativa, apoio do Instituto Energisa, patrocínio master da Energisa, patrocínio do Banco do Nordeste e realização do Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.