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Vendas digitais expandiram 27% no Brasil em 2021, diz estudo

O comércio eletrônico cresceu 27% em 2021, com uma receita de R$ 182,7 bilhões, contra o faturamento de R$ 143,6 bilhões registrado no ano precedente. A informação faz parte da 45ª edição da pesquisa Webshoppers, realizada pela NielsenlQ Ebit e divulgada em março. No mesmo período, o número de pedidos aumentou 16,9%, com 353 milhões de entregas, de acordo com uma análise da Neotrust, empresa que monitora o e-commerce brasileiro. O valor médio por compra foi de R$ 455 – uma alta de 8,6% em comparação a 2020.

Em média, 70 mil empresas entraram para o e-commerce desde o início da pandemia de Covid-19, na esteira das transformações sociais vivenciadas pelos consumidores brasileiros durante o período de confinamento, conforme dados de um balanço da Visa Consulting & Analytics. Paralelamente, a Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) reportou um aumento de cerca de 400% na abertura de lojas virtuais por mês durante a pandemia no país.

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Para Paulo Guilherme Leal, especialista em empreendedorismo como foco em marketing estratégico, o crescimento das vendas realizadas através do e-commerce no Brasil em 2021 demonstra que as empresas do setor estão em franco crescimento. “Essa foi a realidade colocada a todos desde o início da pandemia, com as pessoas em casa precisando consumir. Todos os serviços on-line explodiram em vendas e, mesmo após a crise sanitária, com a praticidade que as pessoas descobriram em ter migrado vários de seus hábitos de consumo para o mercado virtual, dificilmente voltarão para o físico”.

Ao lado da afirmação de Leal, estudo da Webshoppers, relatório sobre o comércio eletrônico brasileiro, demonstra que 17% dos consumidores fizeram sua primeira compra on-line em 2021. Destes, um percentual expressivo afirmou que espera continuar consumindo por meio de lojas virtuais de agora em diante. De forma síncrona, dados da Receita Federal, analisados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), apontam que grande parte dos brasileiros espera continuar comprando por meio do comércio eletrônico.

“As compras pela internet devem seguir em alta mesmo após o fim da pandemia pelo mesmo motivo que uma pessoa que estava acostumada a dirigir carro com câmbio mecânico e passa a dirigir veículo com câmbio automático muda seus hábitos: facilidade e praticidade”, afirma.

Ainda na visão do especialista em marketing estratégico e empreendedorismo, a chegada do 5G ao Brasil, ao lado de plataformas de e-commerce cada vez mais intuitivas e os “bots” inteligentes, faz com que a experiência de compras digital seja fácil, mesmo para pessoas que nunca haviam usado. “Algumas atividades simplesmente migraram para o on-line e estão praticamente sumindo do off-line, como por exemplo passagens aéreas e bancos”.

Para concluir, Leal afirma que o marketing estratégico é a base de tudo e pode ajudar empresas estabelecidas no formato eletrônico a crescer no mercado. “Infelizmente, muitas empresas não têm planejamento de marketing, com posicionamento claramente definido, análise da concorrência e pontos fortes e fracos.”

FONTE: ASSESSORIA

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