Todo o Brasil, quiçá uma grande parcela do mundo, já conhece o famoso pôr do sol de João Pessoa. Primeiro porque aqui o sol que nasce primeiro também dorme primeiro. Segundo porque o que não falta é lugar bonito pra ver o ocaso. E um desses recantos é a Casa da Pólvora, no Centro Histórico da Capital.
E pro rolê ficar ainda mais especial, nada melhor do que uma trilha sonora de qualidade para esse momento. E a Paraíba é daqueles lugares que não precisa apontar os ouvidos para qualquer outro local que aqui mesmo temos coisas grandiosas no âmbito musical. Poderia citar dezenas, mas vou deixar para outras ocasiões. Vou me ater a falar da banda-fôrra, e da icônica apresentação que fez neste domingo na Casa da Pólvora.
Lançando o terceiro disco, ‘Baladas para adiar o fim do mundo’, o grupo une elementos do pop tupiniquim com pitadas de Rock do duo de guitarras e uma cozinha tão precisa quanto a poesia de suas letras e a voz de Guga Limeira.
Com o auxílio luxuoso de Helinho Medeiros nos teclados e Priscila, na percussão, a banda fez uma apresentação que passeia pelos três discos lançados, incluindo o sucesso Abril, um dos superhits da música paraibana de todos os tempos.
Apontando para um futuro de esperança, perseverança e muita coragem, a banda-fôrra pode ganhar o mundo como o sol que se apresentou neste domingo. Mesmo com possibilidades de chuva, vento, céu cinza e semana de temporais, ele veio e não tardou para ir embora sem antes dar um espetáculo pelo Centro Histórico. O problema do show da banda-fôrra é que ele acaba, assim como o pôr do sol.
Fotos: Abraão Bahia