Uma pesquisa inovadora realizada na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está revolucionando a luta contra a dengue. O estudo liderado pelo pesquisador Renan Leite, sob orientação da professora Fabíola Nunes, resultou no desenvolvimento de um inseticida e repelente altamente eficazes contra os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, responsáveis pela transmissão da doença.
O segredo por trás desses produtos está no óleo essencial extraído das folhas de uma planta. Ela é nativa da caatinga e do cerrado, conhecida como Lippia gracilis ou alecrim do serrote. A pesquisa, realizada por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), no Laboratório de Biotecnologia Aplicada a Parasitas e Vetores (Lapavet), resultou em um processo de destilação por arraste a vapor para extrair o óleo essencial da planta.
O destaque desse estudo vai além da eficácia dos produtos. A Lippia gracilis mostrou-se uma excelente fonte de óleo essencial, sendo capaz de produzir até 700% mais óleo em comparação com outras plantas utilizadas para esse fim. Esse fato, aliado à baixa quantidade de óleo necessária para o efeito desejado nos mosquitos, torna a planta uma opção sustentável e eficiente para a produção em larga escala dos inseticidas e repelentes.
LEIA TAMBÉM:
– Nordeste registra chuvas acima da média e beneficia setores
– Cidade do Nordeste se destaca na cena gastronômica mundial
– Cidades do Nordeste têm a cesta básica mais barata do Brasil
– Estado do Nordeste é o 1º do Brasil em vendas no comércio
A eficácia dos produtos desenvolvidos foi comprovada em diversos estudos científicos, apresentados em eventos regionais, nacionais e internacionais. O reconhecimento desse trabalho culminou em uma “Menção Honrosa” no 2º Simpósio Brasil-França de Química Medicinal, realizado em João Pessoa em 2023.
Produtos de fácil acesso
Além dos benefícios para o combate à dengue, os produtos desenvolvidos pela UFPB oferecem fácil acesso. Desse modo, contribui para a redução da contaminação ambiental e gerando oportunidades de emprego em toda a cadeia de produção. No entanto, vale ressaltar que esses produtos ainda não estão disponíveis para comercialização, aguardando a finalização da liberação de patentes.
LEIA TAMBÉM:
– Maior Carnaval do interior do Nordeste terá atrações de peso
– Privatização dos Espigões da Orla de Fortaleza promete impulsionar o Turismo
– Porto do Itaqui no Maranhão vira hub logístico
Para Renan Leite, a oportunidade de liderar essa pesquisa foi gratificante e desafiadora. Em apenas quatro meses, o projeto rendeu resultados impressionantes, representando um avanço significativo na luta contra a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos.
Em suma, com essa pesquisa inovadora, a UFPB reafirma seu compromisso com o desenvolvimento científico e tecnológico. Dessa forma, oferece soluções que impactam positivamente a sociedade e o meio ambiente. O futuro promissor desses inseticidas e repelentes desenvolvidos a partir da Lippia gracilis abre novos horizontes na prevenção e controle de doenças transmitidas por mosquitos.