Após dois anos sem receber navios internacionais, os cruzeiros retornam as cidades portuárias brasileiras. Essa semana, Fortaleza recebeu o navio National Geographic Explorer, de bandeira das Bahamas.
O roteiro da embarcação começou na Espanha no fim de setembro. Ainda passou por países como Guiana, Suriname e Guiana Francesa, até chegar à cidade brasileira. Após a passagem pelo Ceará, o National Geographic Explorer seguiu viagem até Salvador.
Ontem, o gigante chegou no porto do Recife. A embarcação tem 112 metros de comprimento. Traz a bordo 148 passageiros e 70 tripulantes.
Esta temporada 2022/2023 conta com a inserção de mais um navio. O MSC Preziosa foi adicionado ao grupo que já contava com as embarcações Costa Firenze, Costa Fortuna, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Musica, MSC Fantasia, MSC Seashore e MSC Seaview. As embarcações partirão dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP) e percorrerão os 184 roteiros, fazendo 724 escalas em 17 destinos, incluindo Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este.
Incremento na economia
No total, são nove embarcações de cabotagem, 780 mil leitos, 184 roteiros, 724 escalas,17 destinos, 48 mil empregos diretos e indiretos gerados e R$ 3,8 bilhões injetados na economia. De acordo com a CLIA Brasil, essa temporada trará uma alta de leitos de 47% na comparação com os 530 mil ofertados em 2019/2020.
Por outro lado, além de navios de cabotagem (que são aqueles que percorrem a costa, neste caso, a brasileira), o Brasil também recebe 36 embarcações internacionais de longo curso em uma temporada que dura cerca de oito meses – de outubro de 2022 a maio de 2023. As embarcações farão 309 paradas em 45 destinos. A princípio, são em 15 estados brasileiros como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
A temporada de cruzeiros é um período que aquece o turismo náutico, uma vez que o país está há dois anos sem receber navios internacionais. A expectativa de geração de empregos, além do impacto de bilhões de reais na economia. A principal motivação é pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias e daquelas que serão visitadas. Isso beneficia setores como o comércio, uma vez que os turistas compram presentes, alimentos e bebidas, usufruem de transporte nas cidades visitadas, fazem passeios turísticos e se hospedam antes ou após a viagem de cruzeiro.