A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou um aditivo de R$ 3,6 bilhões para finalizar as obras da Ferrovia Transnordestina, um dos maiores projetos de infraestrutura em andamento no Brasil.
A princípio, o Banco do Nordeste (BNB) irá formalizar o acordo com a Transnordestina Logística (TLSA). Ao mesmo tempo, a meta é conectar Eliseu Martins (PI) ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE). A ferrovia, que também integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), já conta com um aporte de R$ 7,5 bilhões. Primeiramente, R$ 3,8 bilhões são recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
O novo financiamento será desembolsado em três fases anuais de R$ 1 bilhão (de 2024 a 2026), com uma última parcela de R$ 600 milhões prevista para 2027. Além disso, a TLSA investirá R$ 2 bilhões de recursos próprios e buscará outros R$ 1,5 bilhão de fontes adicionais. Esses investimentos serão aplicados em infraestrutura e superestrutura nos trechos. São eles: a ligação de que ligam Missão Velha, no Ceará, ao Porto de Pecém, e Eliseu Martins, no Piauí, a Trindade, em Pernambuco.
Transnordestina será um avanço para o Desenvolvimento Regional
Segundo o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, a autorização do termo aditivo representa um esforço federal para que a obra seja entregue até 2027. A ferrovia, que atravessa 1.200 km e 53 municípios no Piauí, Ceará e Pernambuco, deve gerar emprego para cerca de 10 mil trabalhadores. Além disso, vai possibilitar o escoamento eficiente da produção agrícola e mineral, reduzindo significativamente os custos logísticos na região.
Para ilustrar o plano de investimentos, veja o cronograma de desembolso para a conclusão das obras:
Ano | Desembolso Previsto (R$ bilhões) |
---|---|
2024 | 1,0 |
2025 | 1,0 |
2026 | 1,0 |
2027 | 0,6 |
A ferrovia Transnordestina, além de facilitar a exportação de minérios, grãos, fertilizantes e combustíveis, visa transformar o cenário socioeconômico do Nordeste, impulsionando o desenvolvimento regional com melhor integração logística e ampliando as possibilidades de exportação para os portos de Pecém e Suape.
Trecho Excluído e Novo Projeto em Pernambuco
O trecho Salgueiro-Porto de Suape, em Pernambuco, foi excluído da concessão da TLSA no final de 2022 e está sendo tratado como uma parte separada do Novo PAC. Para viabilizar essa nova fase, o Ministério dos Transportes assinou um contrato de R$ 15,2 milhões para o desenvolvimento do projeto básico do segmento greenfield.
Com essas iniciativas, o Governo Federal reforça seu compromisso com a integração logística e o crescimento econômico no Nordeste, transformando a Transnordestina em um pilar estratégico de desenvolvimento para a região.