Cargas horárias exaustivas, tempo gasto no transporte urbano e busca por novo estilo de vida. Estes são alguns dos inúmeros fatores que têm criado uma geração de pessoas mais desprendidas, inclusive quando o assunto é moradia, viagens e mercado de trabalho.
Casas e apartamentos com aluguel por assinatura, Airbnb com uma função exclusiva para longas estadias e possibilidade de trabalhar remotamente, usando apenas uma conexão Wi-Fi, são algumas das adaptações que estão ganhando espaço em nosso cotidiano.
Pesquisa desenvolvida pela empresa de transformação digital, Today, mostrou que a geração millennials, por exemplo, prefere alugar um espaço por tempo determinado a comprar um imóvel, evitando um investimento de longo prazo.
O estudo destacou que 80% das pessoas com idade entre 25 e 39 anos optam por alugar imóveis ao invés de finalizar um contrato de compra. Longo prazo é algo que não combina mais com as novas gerações, ainda mais quando a velocidade das mudanças se torna perceptível a cada ano, junto ao aumento nos custos para aquisição de imóveis.
O conceito de nômade digital, estilo de vida escolhido por diversos viajantes ao redor do mundo, tem recebido adeptos fervorosos. Principalmente nos últimos meses, com o agravamento da pandemia e a mudança na cultura de empresas que antes achavam impensável dinâmicas de trabalho home office.
Esse novo perfil de profissional viajante está criando um oceano ainda pouco explorado pelas empresas de turismo. Recentemente os termos de long stay travel, que refere-se ao formato de viagens com longas estadias e o room office, que transforma hotéis em quartos adaptados para trabalho remoto, mostram, aos poucos, como os turistas estão ajustando os seus planos de viagem.
Para sair de vez da caixa e entender a dimensão desse oceano e como ele ainda precisa ser explorado, saiba que já existem empresas que oferecem a possibilidade de trabalho remoto a bordo de veleiros, como a Wind Charter, em Paraty. Aos poucos surge um novo formato de viagens que poderá ser próspero para o momento de retomada do turismo, adaptando para diferentes experiências e destinos.
Especialistas em inteligência estratégica para o setor de viagens, em parceria com a Travel Media PR, agência de marketing turístico, notaram que esse novo modelo de trabalho tem mudado o comportamento de uma parcela de turistas.
Os profissionais analisaram as tendências de busca dos turistas por estadias mais longas durante a pandemia e viram cada vez mais destinos turísticos abrindo a possibilidade de ofertar vistos para nômades digitais ou incluindo esta modalidade em suas regras de imigração, como o caso da Estônia, México, Portugal, Bermudas, Geórgia, Bahamas e outros.
O turismo interno também irá perceber essa tendência. ‘Com os filhos estudando online e os pais trabalhando em casa, viajar por uma ou duas semanas poderá ser a opção de algumas famílias brasileiras que antes faziam viagens mais curtas ou com menos frequência”, aponta o estudo.
Transformar algum destino turístico ou hotel em uma moradia provisória será uma forma de conciliar qualidade de vida em um novo cenário, mesclando viagens e compromissos profissionais.
Alguns viajantes, inclusive, olham a possibilidade como uma alternativa para morar em outros países durante alguns meses. O que antes era para poucos, com o avanço da modalidade home office e as melhorias nos processos de trabalho, há uma tendência de que seja mais fácil morar no exterior nos próximos anos. Mesmo que essas sejam estadias temporárias, esse conceito de trabalho aproxima os profissionais de um estilo de vida mais moderno, desafiador e arrojado.
Website: https://travelmediapr.com/
FONTE: ASSESSORIA