Em um esforço para enfrentar o crescente déficit habitacional nas capitais do Nordeste, o Conselho da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) está mirando a revitalização de prédios ociosos para moradia. A medida, que inicialmente será restrita às capitais da região, tem como objetivo transformar edifícios abandonados em habitações, contribuindo para a melhoria das condições de vida nas áreas urbanas.
De acordo com Danilo Cabral, presidente da Sudene, o projeto busca utilizar parte dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). “O Conselho Deliberativo da Sudene vai debater a abertura de espaço no FNE para financiar a revitalização de imóveis ociosos. Desse modo, garantindo a preservação histórica e oferecendo moradias dignas à população”, afirmou Cabral.
Iniciativa e Impacto
A revitalização de prédios abandonados é uma estratégia que não apenas ataca o problema do déficit habitacional. Mas também combate a degradação urbana. “Reativar esses espaços de forma plena só será possível se colocarmos as pessoas para se apropriarem desses espaços urbanos, com a moradia como eixo central”, enfatizou Cabral.
O projeto, com um orçamento inicial de R$ 8,2 bilhões, será imediatamente iniciado após a aprovação pelo Conselho. Este investimento é uma solução sustentável e de longo prazo para cidades que enfrentam tanto a falta de moradias quanto a degradação de áreas centrais.
Exemplos Locais
A cidade de Recife ilustra bem o potencial do projeto. “No Bairro do Recife, 31% dos imóveis estão ociosos. Estas edificações que podem passar por revitalização para habitação”, destacou Cabral. A transformação desses espaços não só atenderia à demanda por moradia, mas também contribuiria para a revitalização urbana e preservação histórica.