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Simone homenageia o Nordeste em disco inspirado em suas raízes e repleto de nordestinos

Há quase 10 anos sem lançar disco, Simone está de volta ao mercado fonográfico. Durante a pandemia, além de fazer uma série de lives, a cantora baiana entrou em estúdio e saiu de lá com Da gente, álbum com o qual voltou os olhos e ouvidos para a cultura nordestina, da qual é originária. A maioria das canções gravadas por ela tem assinatura de compositoras daquela região. Na produção ela contou com o talento do baixista e compositor pernambucano Juliano Holanda.

Gravado em agosto de 2021, o CD contou com a direção musical de Zélia Duncan. Admiradora do trabalho de Simone, se aproximou dela em 2008, quando saíram em turnê pelo país com o show Amizade é casa, visto aqui na cidade no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Dez anos depois, Zélia iria dirigir o espetáculo em que a amiga dividiu o palco com o cantor, compositor e pianista Ivan Lins, levado a várias capitais brasileiras e também a Portugal.

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Foi ainda a cantora e compositora fluminense, que iniciou a carreira em Brasília, a responsável pela mudança de planos de Simone em relação ao conteúdo do novo disco e também por apresentá-la a Juliano Holanda, com quem vinha trabalhando há algum tempo. “Simone poderia fazer um disco de tributo, como desejava, já que não faltam clássicos para isso. Mas, me parece que esse outro caminho que ela escolheu, foi muito mais importante por surpreender”, observa. “Uma coisa bonita que eu tenho visto é o quanto ela está envolvida com esses autores novos. A presença do Juliano Holanda ajudou muito nessa ideia de vê-la olhando para um Nordeste mais jovem. E tem outra coisa linda nesse disco: nós, mulheres, somos maioria!”, acrescenta Zélia Duncan.

Da gente, que acaba de ser lançado pela Biscoito Fino, traz 12 faixas, nas quais Simone é acompanhada por Juliano Holanda (baixo e violão de aço), Webster Santos (violões) e Rapha B (bateria, clave e ganzá). Entre os compositores gravados apenas, os cearenses Raimundo Fagner e Fausto Nilo e o maranhense Zeca Baleiro, autores de Dezembros são nomes consagrados da MPB. Há também a paraibana Cátia de França e a baiana, radicada em Pernambuco, Karina Buhr, com trabalho reconhecido, que assinam Estilhaço e Amor brando, respectivamente.

Haja terapia, de Juliano Holanda, escolhida para ser o primeiro single, chegou às plataformas digitais em fevereiro. Entre outras faixas estão as que a sensualidade aflora: Imã (PC da Silva), Por que você não vem (Joana Terra e PC da Silva) e Boca em brasa, parceria de Zélia Duncan com Juliano Holanda; além de Nua, que Simone, uma compositora bissexta,fez com o poeta português Tiago Torres Lima. A cantora escolheu também para o set list do álbum Escancarada, dos pernambucanos Gean Ramos e Rogéria Dera; A gente se aproveita (Martins e Isabela de Moraes) e Naturalmente (Socorro Lira Roberto Trajan), da qual tirou o título do álbum.

FONTE: Do Diário de Pernambuco

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