A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio de Jorge Messias, aprovou um parecer jurídico sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, no qual conclui que o Ibama não tem competência legal para reavaliar o licenciamento ambiental do Aeroporto Municipal de Oiapoque (AP).
O parecer refuta a alegação do Ibama de que o sobrevoo de aeronaves do aeroporto poderia impactar a área de exploração de petróleo no bloco FZA-M-59, utilizado como um dos argumentos para negar a licença solicitada pela Petrobras.
O documento da AGU afirma que o impacto do tráfego aéreo sobre as comunidades indígenas próximas ao aeroporto deve ser tratado pelo órgão estadual de meio ambiente e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e não pelo Ibama.
Além disso, critica a consulta feita à Funai sobre o impacto dos voos, por não estar prevista na legislação ambiental.
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Outro ponto discutido no parecer foi a resposta ao atendimento à fauna em caso de vazamento de óleo, que a AGU considera um tema técnico e em negociação entre Petrobras e Ibama.
Em uma análise anterior, a AGU também concluiu que a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) não é necessária para o licenciamento ambiental de empreendimentos de petróleo.
A disputa sobre o licenciamento levou à criação de um processo de conciliação entre os ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, que foi encerrado sem consenso.
A AGU defendeu sua posição em resposta à solicitação do Ministério de Minas e Energia, que discorda das interpretações do Ibama, argumentando que elas prejudicam investimentos estratégicos no setor de petróleo e gás.
Benefícios da Margem Equatorial para o Nordeste
ATIVIDADE | ENTENDIMENTO |
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Geração de Empregos | A exploração de petróleo e gás impulsiona a criação de empregos diretos e indiretos, desde a fase de construção e operação até serviços de apoio, beneficiando a população local. |
Aumento da Receita Fiscal | O aumento da atividade econômica e da produção de petróleo eleva a arrecadação de impostos, royalties e participações especiais para estados e municípios nordestinos. |
Desenvolvimento de Infraestrutura | A demanda por infraestrutura de apoio, como portos, estradas e instalações logísticas, promove investimentos em obras de grande porte, melhorando a conectividade regional. |
Estímulo à Economia Local | A movimentação gerada pela indústria de petróleo e gás estimula setores como comércio, transporte, hotelaria e serviços, dinamizando a economia das cidades envolvidas. |
Atrativo para Investimentos | A presença de recursos energéticos em áreas estratégicas atrai investimentos estrangeiros e nacionais, ampliando o potencial de desenvolvimento industrial e tecnológico. |
Diversificação da Economia | A exploração de novos campos de petróleo contribui para diversificar a matriz econômica da região, reduzindo a dependência de setores tradicionais como a agropecuária e o turismo. |
Formação e Capacitação Profissional | Com a expansão da indústria de petróleo, há um aumento na oferta de programas de capacitação e qualificação técnica, gerando mão de obra mais especializada na região. |
Impacto no Comércio Internacional | O aumento da produção de petróleo no Nordeste reforça a posição do Brasil como exportador de petróleo, contribuindo para o saldo da balança comercial e a geração de divisas. |
Tecnologia e Inovação | A exploração em áreas offshore exige tecnologias avançadas, o que pode estimular a inovação e o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas, com impactos em outros setores. |
Melhorias Ambientais | A exploração responsável e sustentável pode impulsionar a adoção de tecnologias menos poluentes e práticas ambientais mais seguras, além de financiar iniciativas de preservação ambiental na região. |