Sergipe conquistou destaque nacional ao registrar a segunda maior queda percentual na insegurança alimentar entre todos os estados brasileiros, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que, em apenas um ano, o estado reduziu em 27% o número de domicílios com algum grau de insegurança alimentar, ficando atrás apenas do Espírito Santo.
Esse resultado expressivo reflete o conjunto de políticas públicas de combate à fome e inclusão social implementadas pelo Governo de Sergipe, sob a gestão do governador Fábio Mitidieri. As ações têm se concentrado em garantir acesso à alimentação adequada, fortalecer a agricultura familiar e promover geração de renda para famílias em situação de vulnerabilidade.
Queda expressiva em todos os níveis de insegurança alimentar
Em 2023, 49,3% dos lares sergipanos enfrentavam algum nível de insegurança alimentar. Em 2024, esse índice caiu para 35%, o que representa 297 mil residências — sendo 199 mil em situação leve, 64 mil moderada e 34 mil grave. O número de pessoas em insegurança alimentar grave caiu para 4% da população.
No total, cerca de 840 mil moradores viviam em algum grau de insegurança alimentar em 2024 — uma queda de 35% em relação a 2023, quando o número era de 1,16 milhão.
Governo destaca políticas de combate à fome
A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, destacou que o avanço é resultado direto das políticas públicas integradas entre diferentes áreas do governo.
“Os resultados do IBGE comprovam o impacto das nossas ações. A redução da insegurança alimentar é fruto de uma gestão comprometida com a inclusão social, o fortalecimento da agricultura familiar e o acesso à alimentação adequada. Programas como o Sergipe Sem Fome e o Prato do Povo mostram que a articulação entre as secretarias gera resultados reais na vida das pessoas”, afirmou.
Ações que estão transformando realidades
A redução nos índices foi impulsionada por programas como o Mão Amiga, o CMais Inclusão, o Prato do Povo e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
- O Prato do Povo já distribuiu quase 1,5 milhão de refeições, com investimento de R$ 16 milhões, e o Restaurante Popular Padre Pedro ultrapassou 826 mil refeições servidas entre 2023 e 2024.
- O CMais Inclusão soma 540 mil benefícios pagos, totalizando R$ 79 milhões investidos.
- O Mão Amiga beneficia mais de 12 mil trabalhadores rurais e será ampliado em 2025 para atender também o extrativismo da mangaba.
- O novo Programa Estadual de Aquisição de Alimentos (PEAA), que será lançado em breve, prevê investimento de R$ 10 milhões para comprar 3 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar, beneficiando 20 mil famílias.
Além disso, o PAA nacional já movimentou mais de 2 mil toneladas de alimentos entre 2023 e 2025, com R$ 9,5 milhões aplicados, atendendo 30 mil famílias e 700 agricultores em 60 municípios sergipanos.
Agricultura familiar e segurança alimentar em foco
O estado também fortalece a agricultura familiar com o Programa Estadual de Compras Governamentais (Pecafes), que destina 30% das compras indiretas das secretarias estaduais para pequenos produtores. Já a Rede de Hortas Sergipanas, com quatro unidades, produz 1,2 tonelada de alimentos por ano e capacita 100 famílias hortelãs.
Outras ações importantes incluem:
- Implantação de Bancos de Alimentos, com investimento de R$ 1,3 milhão e distribuição mensal de 25 toneladas;
- Construção da Cozinha Comunitária do Santos Dumont, que servirá 300 refeições diárias;
- Criação de Centrais de Distribuição com aporte de R$ 1,5 milhão e logística de 23 toneladas por mês.
As Feiras da Agricultura Familiar também se consolidaram como espaços de valorização da produção local, com 56 edições realizadas em 21 municípios, reunindo 100 expositores. A meta do governo é expandir a iniciativa para 18 novas cidades em 2025.
Contexto nacional
De acordo com a Pnad Contínua – módulo Segurança Alimentar, realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), o Brasil reduziu a proporção de domicílios com insegurança alimentar de 27,6% em 2023 para 24,2% em 2024 — uma queda de 2,2 milhões de lares nessa condição.
A tendência positiva é observada em todos os níveis:
- Insegurança leve: de 18,2% para 16,4%;
- Moderada: de 5,3% para 4,5%;
- Grave: de 4,1% para 3,2%.
Portanto, com resultados acima da média nacional, Sergipe se consolida como exemplo de políticas públicas eficazes no combate à fome e promoção da inclusão social, reforçando o compromisso do estado com o desenvolvimento humano e o bem-estar da população.
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