A Região Nordeste tem um aumento de 10,6% na produção de grãos este ano, em comparação com 2021. Isto é o que revela a estimativa de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Produzida pelo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo foi divulgado nesta quinta-feira (11).
A estimativa indica ainda que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas tem teve alta na comparação com 2021 em outras três regiões: Centro-Oeste (11,9%), Sudeste (13,0%) e Norte (8,7%).
“A pandemia fez com que os preços aumentassem, porque, em casa, as pessoas passaram a consumir mais, sem falar que o milho e a soja são usados na produção de proteína animal. A partir disso, o produtor passou a plantar mais porque a sua rentabilidade é maior. Nos últimos anos, devido ao aumento da área plantada e da produtividade, a agricultura brasileira vem produzindo recordes sobre recordes”, concluiu o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.
Estimativa
Com relação a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, a estimativa indica que a produção deve alcançar recorde de 263,4 milhões de toneladas. Este número é 4% maior (ou 10,2 milhões de toneladas) que a safra de 2021 (253,2 milhões de toneladas). E 0,8% acima (2 milhões de toneladas) da estimativa de junho.
Ainda segundo Carlos Barradas, esse crescimento se deve ao aumento do plantio e dos investimentos dos produtores. Para se ter ideia, a ampliação da área de cultivo de grãos foi de 6,4%. Isso representa 73 milhões de hectares e acréscimo de 4,4 milhões de hectares em relação da 2021 (68,6 milhões de hectares).
“Os produtores plantaram mais porque os preços internacionais estão muito elevados, sobretudo o do trigo, por conta da guerra da Rússia e a Ucrânia, grandes produtores e exportadores de trigo”, disse.
Principais produtos
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da pesquisa. Eles representam 91,4% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área.
De acordo com o IBGE, em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 9,7% na área plantada de milho. Ainda ocorreu o aumento de 18,1% na de algodão herbáceo (em caroço). Assim como de 4,6% na área de plantio da soja e de 8,6% na do trigo; ocorrendo declínio de 2,7% na área do arroz.
