A governadora Fátima Bezerra autorizou a abertura do plano-mestre e do processo de contratação de estudos ambientais para fins de licenciamento do projeto de construção de um porto-indústria multiuso no Rio Grande do Norte, considerado essencial para o desenvolvimento do Estado e que será executado numa parceria público-privada (PPP). A autorização foi dada na noite dessa segunda-feira (14), após a apresentação de estudos técnicos elaborados por uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com a participação de dois especialistas do Reino Unido e um da Dinamarca.
“É um passo importante que estamos dando para o futuro do nosso Estado. Um porto dessa magnitude é a estrutura mais estratégica para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte. O potencial que temos para a produção de energia eólica offshore (no mar) passa por esse porto”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.
Ela elogiou qualidade dos estudos, que levaram em consideração apenas e tão somente os aspectos técnicos, e a equipe do governo envolvida na consolidação desse megaempreendimento. “É mais uma bela parceria que firmamos com a UFRN.”
Estudos técnicos foram elaborados pela UFRN, dois especialistas do Reino Unido e um da Dinamarca
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, a nova fase econômica mundial, de pouca emissão de carbono, exige um empreendimento desse porte, “cuja finalidade é dar suporte à indústria eólica offshore, além de permitir a exportação de sal, ferro, pescado, produtos da fruticultura potiguar”. Com o porto – afirmou ele – o governo está enfrentando um dos grandes gargalos do desenvolvimento e se preparado para explorar o hidrogênio verde, o combustível que vai substituir o petróleo no futuro próximo.
“Nós já fazemos parte dessa nova economia verde e um porto com essas características e com esse perfil é relevante também para o desenvolvimento do Nordeste e do Brasil”, pontuou o secretário do Planejamento e das Finanças, Aldemir Freire.
Os estudos apresentam as potencialidades de quatro áreas, levando em conta seis critérios técnicos: disponibilidade de área e infraestrutura, conectividade, profundidade, características ambientais, aspectos socioeconômicos e condições meteocenográficas e geológicas. Segundo o professor Mário González, que fez a apresentação para a equipe econômica e jurídica do Governo do RN, juntamente com o engenheiro Rafael Monteiro, “o estudo traz uma novidade, que é o conceito de porto-indústria verde, para a atender às necessidades da nova economia mundial. O novo porto vai gerar desenvolvimento socioeconômico, tendo como base o crescimento industrial”.
Também participaram da apresentação dos Estudos Econômicos, Ambientais e da Cadeia de Valor para o Desenvolvimento da Infraestrutura Portuária para o Setor Eólico Offshore e Múltiplos Usos, o procurador geral do Estado, Luiz Marinho; o controlador geral, Pedro Lopes; o secretário adjunto da Infraestrutura, Gaspar Andrade; o coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, Hugo Fonseca e o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Manoel Marques.