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Revista Exame traz cenário das Eleições Municipais no Nordeste

Conforme noticiado pela Revista Exame, o PT está enfrentando desafios para impulsionar seus candidatos a prefeito nas capitais do Nordeste, onde o centrão lidera a corrida eleitoral nas nove principais cidades da região.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem demonstrado uma competitividade maior do que a do partido do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições municipais.

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Das 13 candidaturas do PT oficializadas até a última segunda-feira, 5, para disputar o comando de 13 capitais, cinco estão na região Nordeste, tradicionalmente favorável ao partido. No entanto, apenas uma dessas candidaturas tem chances reais de vitória, em uma disputa que provavelmente será decidida no segundo turno, em Teresina, Piauí.

Em Teresina, o deputado estadual Fábio Novo busca a oportunidade inédita de governar a capital, que nunca foi administrada pelo PT, apesar de o partido estar no comando do governo estadual desde 2003. Para conseguir esse feito, Novo precisará superar o favoritismo do ex-prefeito Silvio Mendes (União Brasil), que lidera as pesquisas, conforme dados da consultoria Arko Advice.

Além de Teresina, o União Brasil, que surgiu da fusão entre Democratas e PSL, está à frente em outras cinco capitais do país, incluindo Fortaleza, no Ceará, onde também lidera a disputa.

O PSD aparece no topo das intenções de voto em Natal, Rio Grande do Norte, e São Luís, Maranhão. Já o Progressistas, outro partido que compõe o centrão, lidera em João Pessoa, Paraíba, onde o atual prefeito, Cícero Lucena, tem boas chances de ser reeleito.

Esse panorama aponta para uma eleição municipal com maior força à direita, em contraste com a esquerda, segundo Lucas Aragão, sócio da Arko e mestre em Ciência Política. No entanto, o cenário pode mudar, já que ainda restam dois meses até as eleições, e as campanhas dos candidatos só começarão na próxima semana.

O Papel do Centrão

Para Aragão, as últimas eleições municipais, em 2016 e 2020, expuseram as fragilidades de partidos tradicionais como PT e PSDB. Em 2020, pela primeira vez desde a redemocratização, o PT não conseguiu eleger prefeitos em nenhuma das 26 capitais. O PSDB, apesar de ter conquistado o 6º maior número de prefeituras, com 512 prefeitos eleitos, perdeu 35% dos postos em comparação a 2016, quando tinha 785 prefeitos.

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Nesse contexto, o centrão, grupo político que domina a Câmara com mais de 200 dos 513 deputados federais, ocupou o espaço deixado por esses partidos tradicionais. Segundo Aragão, esses partidos se beneficiarão de um aumento na reeleição, já que já estão estabelecidos em muitos desses espaços e têm amplo acesso aos recursos do fundo eleitoral. Ele também observa que, em um cenário de alta polarização, o centrão consegue se adaptar bem, com candidatos que se alinham tanto à direita quanto à esquerda, conforme necessário.

Competitividade do PL

Com os olhos voltados para as eleições nacionais de 2026, o PL está se articulando para expandir sua influência nos estados do Nordeste. De acordo com o levantamento da Arko Advice, o partido de Bolsonaro tem se mostrado mais competitivo do que o PT em algumas capitais, especialmente em Aracaju, Sergipe, e Maceió, Alagoas, onde o atual prefeito, João Henrique Caldas (JHC), deve ser reeleito com uma votação expressiva ainda no primeiro turno. Em 2022, Maceió foi a única capital nordestina onde Bolsonaro obteve a maioria dos votos.

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O PT, por sua vez, aposta em alianças estratégicas em capitais como Recife, Maceió, São Luís e Salvador. Segundo analistas, essas alianças são uma maneira de o partido manter algum protagonismo no cenário nacional, apesar das dificuldades de apresentar candidatos competitivos em muitas das grandes cidades. Em Salvador, por exemplo, Lula apoia Geraldo Júnior (MDB) para prefeito, enquanto Bolsonaro está alinhado com a reeleição de Bruno Reis (União Brasil).

Eleições Referendadas

Embora a disputa tenha sido nacionalizada, questões locais ainda desempenham um papel importante, reduzindo a influência direta de líderes como Lula e Bolsonaro. Conforme observa Lucas Aragão, a influência desses líderes pode ser um ponto de partida significativo, mas não necessariamente o fator decisivo no resultado das eleições municipais.

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