A fome diminuiu consideravelmente no Nordeste nos últimos anos. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que há no país 8,3 milhões de pessoas a menos em situações de fome e vulnerabilidade.
No Nordeste, a redução é notável, com 3,3 milhões de pessoas saindo dessa condição nos últimos dois anos
Estado | Redução da Fome (%) |
---|---|
Rio Grande do Norte | 56,9% |
Paraíba | 55,6% |
Pernambuco | 51,7% |
Piauí | 49,8% |
Bahia | 47,9% |
Sergipe | 45,9% |
Alagoas | 45,8% |
Maranhão | 45,7% |
Ceará | 40,4% |
A Fome no Brasil
A FGV estima que o número de pessoas em situação de pobreza no Brasil em 2023 era de aproximadamente 60,4 milhões, representando 28% da população. Em comparação com o primeiro ano da série da PNAD Continua, houve uma redução de 6,7 pontos percentuais, ou 8,3 milhões de pessoas a menos na situação de pobreza. No Nordeste, mais de 27,5 milhões de pessoas viviam com um rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza monetária (R$ 667 mensais), o que corresponde a 47,4% da população residente na região.
Impacto das Políticas Públicas
Ao mesmo tempo, o estudo da FGV destaca que a pandemia e a instabilidade econômica contribuíram para o aumento da pobreza e extrema pobreza. Contudo, as políticas de transferência de renda, como o Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil e Bolsa Família, desempenharam um papel crucial na reversão desse cenário.
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Em março de 2023, o relançamento do Programa Bolsa Família com um valor mínimo de R$ 600 e a inclusão de novos benefícios de acordo com a composição familiar tiveram um impacto significativo na elevação da qualidade de vida. O valor médio do benefício aumentou, refletindo positivamente nos indicadores de pobreza monetária.
Contudo, os desafios permanecem, especialmente em regiões como o Nordeste. Aqui, a insegurança alimentar ainda é uma realidade para muitos. A continuidade e o aprimoramento das políticas de transferência de renda são essenciais para garantir que o progresso alcançado seja mantido e ampliado.