A Bacia Sergipe-Alagoas conta com 24% dos investimentos para o período
Durante esta quinta-feira (1), a Petrobras apresentou ao mercado seu Plano Estratégico para 2023-2027. O evento on-line conhecido como “Petrobras Day”, foi dividido em dois webcasts, o primeiro em português e o segundo em inglês, com apresentações de diversos diretores da petroleira brasileira, sobre todos os campos de investimentos da estatal. A situação dos projetos desenvolvidos pela Petrobras em Sergipe foi destaque nas apresentações.
Na oportunidade, os gestores da empresa apresentaram levantamentos dos segmentos que atuam na companhia, dentre eles, o diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, que destacou os investimentos da área, que seguem com foco no pré-sal e dupla resiliência para a sustentabilidade dos projetos. Segundo ele, a Bacia Sergipe-Alagoas conta com 24% desses investimentos, fração bastante relevante.
“É fundamental que a Petrobras siga buscando novas reservas, uma vez que nós estamos em um processo de exploração e produção. A gente luta a cada ano com um declínio natural na ordem de 10% da nossa produção e, quando a gente está em patamares mais elevados de produção de ordem equivalente na casa dos três milhões de barris de óleo por dia, significa que a cada ano temos que incorporar 300 mil/dia para fazer frente ao declínio”, pontuou Fernando.
Já o diretor executivo de Refino e Gás Natural, Rodrigo Costa Lima e Silva, destacou os projetos Sergipe Águas Profundas (SEAP) e o BM-C-33. Segundo ele, esses projetos irão totalizar uma aplicação de cerca de 5 bilhões de dólares. “Esses números estão alocados no segmento de E&P e, com isso, a gente tem aqui um aumento significativo da nossa oferta no nosso portfólio Petrobras de cerca de 50 milhões de m³/dia de gás natural”, comentou o diretor em sua apresentação.
O diretor executivo de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen, por sua vez, sinalizou que os próximos cinco anos serão desafiadores e destacou o cronograma de manutenção da entrada das Unidades Flutuantes de Armazenamento e Transferência (FPSOs) em operação, dentre elas, do projeto SEAP. “O primeiro óleo foi postergado para 2027, pois é uma unidade que ainda não está com uma decisão de investimento feita e a gente ainda não concluiu a licitação de contratação”, disse.
O superintendente executivo da Sedetec, Marcelo Menezes considerou a apresentação do Plano Quinquenal bastante positiva, na medida em que confirma a importância estratégica do Projeto Sergipe Águas Profundas no portfólio de investimentos da Petrobras e a entrada em operação dos 2 FPSO’s dentro do período, reforçando a estratégia do Governo de atrair consumidores para o volume de 18 milhões de m3/dia de gás natural que serão escoados para Sergipe.