Com propósito de discutir inovações, políticas públicas e ambiência de negócios no âmbito da cadeia de energias renováveis, foi aberta na manhã desta quarta-feira (06), o Proenergia 2021. O evento que segue até sexta-feira (08) já está na sua 3ª edição e é promovido pelo Sindicato das Indústrias de Energia do Estado do Ceará (Sindienergia), Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Governo do Ceará e parceiros.
A solenidade de abertura contou com as presenças do ministro de Minas e Energias, Bento Albuquerque; do Presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante; do presidente do Sindienergia, Luiz Carlos Gadelha; do deputado federal Danilo Forte; e do secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior.
O presidente da Fiec ressaltou que o Ceará vive um momento histórico de mudança da matriz energética. “O mundo está olhando pro nosso estado por conta do enorme potencial de produção de Hidrogênio Verde. Se bem sucedido, o Hub de Hidrogênio Verde trará boas oportunidades aos cearenses”, disse Ricardo Cavalcante.
Maia Junior iniciou sua fala relembrando que o Ceará importava 100% da energia há pouco mais de 20 anos, não tinha nenhuma política de energia renovável. “Em 1995 assumi o papel de modernizar as políticas energéticas do nosso estado. Hoje tenho orgulho de ver o Ceará exportando energia limpa para outros estados, sem falar que o Ceará foi eleito o estado mais competitivo do Nordeste , a frente da Bahia e de Pernambuco.”
O secretário também agradeceu o esforço do ministro por ter ajudado a dar continuidade ao projeto de Itataia. E finalizou sua fala com um pedido institucional que é a conclusão da regulamentação que tramita no Senado Federal para a Geração Distribuída, regulamentação para as usinas offshore que somam 56 GW no Brasil, segundo o Ibama. “Desse total, 11 GW são de projetos no Ceará. Também precisamos de um andar célere e urgente na regulamentação de produção de H2V no país. Não podemos perder esse trem que passa em alta velocidade no nordeste”, ressaltou Maia Junior.
O ministro de Minas e Energias, Bento Albuquerque, disse que não iria encarar os pedidos até porque são obrigações do Ministério apoiar toda essas questões. Ressaltou que o país passa por escassez hídrica para gerar energia. “O Brasil em 2021 é completamente diferente do que o país passou em 2001, quando os brasileiros tiveram que reduzir o consumo de energia devido à falta de chuva. Há 20 anos o Brasil tinha apenas quatro fontes de energia e hoje são nove. Nesse período, a capacidade instalada mais do que dobrou e a dependência da matriz hidráulica saiu de 85% para 61%”, afirmou o Ministro.
FONTE: SECOM CE