Durante o período de 2023-2024, as usinas das regiões Norte e Nordeste processaram 59,71 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. De acordo com a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), a produção, que se encerrou em 30 de junho, foi 2,72% menor em comparação à safra de 2022-2023, quando foram processadas 61,38 milhões de toneladas.
Apesar dessa queda, Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio, destacou aspectos positivos no ciclo de 2023-2024.
A produção de etanol hidratado e de açúcar aumentou 7,23% e 3,19%, respectivamente
A NovaBio representa 35 usinas e destilarias de etanol em 11 estados brasileiros.
A fabricação de etanol hidratado, utilizado para abastecer veículos flex, alcançou 1,15 bilhão de litros, comparado a 1,07 bilhão de litros na safra anterior. “No mesmo período, a produção de açúcar ultrapassou 3,46 milhões de toneladas, em contraste com as 3,35 milhões de toneladas da safra anterior”, destacou Cunha.
Por outro lado, a produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina, diminuiu 15,09%. Cunha, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), explicou que até 30 de junho foram contabilizados 1,06 bilhão de litros, em comparação aos 1,25 bilhão de litros do período 2022-2023.
O executivo atribui a queda principalmente à imprevisibilidade das políticas de precificação dos combustíveis, que não seguem regras estáveis, desfavorecendo o etanol em relação aos produtos de origem fóssil e mineral. “Essa situação precisa ser ajustada o mais rápido possível”, afirmou.
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No entanto, essa redução não afetou o abastecimento do mercado interno, segundo Cunha. Considerando a produção total de etanol (anidro e hidratado), as unidades do Norte e Nordeste fabricaram 2,21 bilhões de litros, comparado aos 2,32 bilhões de litros da safra anterior.
Nas últimas três quinzenas, os dados da safra 2023-2024 não foram atualizados devido a problemas no sistema SAPCANA do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que fornece informações consolidadas sobre as unidades produtoras do Norte e Nordeste. Segundo os coordenadores do SAPCANA, os dados já foram calculados e estão disponíveis no site do ministério.