A Prefeitura de João Pessoa desembarcou em Fortaleza, no Ceará, esta semana, para participar de dois importantes eventos pautados pela economia criativa: o IV Encontro das Cidades Criativas Brasileiras da Unesco (Ecriativa) e a III Jornada Mundial de Design. Nos encontros, aconteceram palestras e rodas de conversa sobre os desafios enfrentados pelo setor, bem como discussões em torno de políticas públicas e ações de fomento para os próximos anos.
A capital paraibana esteve representada pela secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Vaulene Rodrigues, e pelo coordenador de Projetos Especiais da Pasta, Eduardo Barroso. A programação dos dois eventos teve início, paralelamente, na quarta-feira (23). O IV Ecriativa reuniu, até a quinta-feira (24), representantes brasileiros da Rede de Cidades Criativas da Unesco – da qual, João Pessoa é a única referenciada no segmento Artesanato e Artes Populares.
De acordo com Vaulene Rodrigues, o encontro promoveu avaliações de como está a economia criativa no país e das atividades desenvolvidas pelo setor. “Saímos de lá com vários desdobramentos. Um deles, é a construção de uma carta, de forma colaborativa, que será encaminhada à comissão de transição do Governo Federal, listando os principais pontos da economia criativa e sugerindo algumas iniciativas”, destacou.
Também foi deliberada a elaboração de documentos reforçando a importância da Rede. Eles serão enviados a Unesco, em Paris, e ao Ministério do Turismo, onde estão sediadas algumas ações para o segmento. “Foi um encontro estratégico e de grande importância não apenas para João Pessoa, mas para todas as cidades brasileiras referenciadas pela Unesco. Inclusive, algumas delas saíram de lá com projetos de cooperação definidos. E seguimos todos juntos, discutindo a economia criativa em um aspecto amplo, para todo o país”, avaliou a secretária.
Em 2023, o Ecriativa deve acontecer em João Pessoa, no mês de março, e na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, em outubro.
Design – Já a III Jornada Mundial de Design começou na quarta-feira e se estendeu até este sábado (26). O evento, que teve como tema “Design e literatura para um mundo em crise”, reuniu profissionais do mercado, do setor público, do setor privado e da academia. O objetivo foi apresentar criadores e criações do design local, nacional e internacional, que se destacam por sua originalidade na superação das barreiras de um mundo permanentemente em crise.
Realizada pela Prefeitura de Fortaleza, a Jornada incluiu formações e debates sobre design editorial, design social, design de produtos, design regional, visual merchandising, criação de tipos, ecodesign, entre outros temas. Eduardo Barroso foi um dos palestrantes da Jornada, abordando a temática “Criatividade como motor para o desenvolvimento”.
Segundo ele, a economia criativa se baseia no talento e na capacidade humana inventiva e criativa, favorecendo as expressões de artes em geral, que são geradoras de trabalho, de riqueza. “É um setor que não necessita de uma base física, equipamentos complicados. Não é uma indústria de transformação. É a indústria da inteligência: só precisa de alguém com a cabeça pensante e um laptop para começar o processo. E essa é a grande sacada”, apontou.