O Decreto veta entrada, comercialização e uso de qualquer item descartável de plástico no local.
A proposta tem o objetivo é fomentar o turismo sustentável e proteger o meio ambiente. O destino se consolidou no Nordeste pelo seu potencial natural de sol e mar, mas nos últimos anos, as belezas naturais de Jeri têm cobrado um alto preço ao ecossistema, cada vez mais ameaçado.
Para frear esse processo de degradação, especialistas sugerem ações restritivas, seja de consumo, comportamento ou até mesmo de visitação à Vila de Jeri. O decreto desse mês, proíbe a entrada, comercialização e uso de garrafas, copos, pratos, sacolas e talheres plásticos na Vila de Jeri.
A proibição se estende também até para itens diversos descartáveis produzidos em isopor. Canudos de plástico já eram proibidos já um tempo e as novas medidas, se aplicam a todos os estabelecimentos e atividades comerciais.O decreto tem um prazo de 120 dias para moradores e comerciantes se adequarem à nova determinação. Após este período, não será mais permitida a circulação das embalagens e recipientes.
Para o prefeito, Lindbergh Martins (PSD), o decreto visa estimular o turismo sustentável e ambiental. “A Vila de Jericoacoara não aguenta mais o turismo sem o mínimo de consciência sustentável. O meio ambiente na região pede socorro, e a proibição do plástico será o pontapé inicial para que a nossa natureza não desapareça do mapa”.
Beatriz Fernandes, oceanógrafa e assessora do Instituto Terramar, aposta benefícios futuros, mas aponta que é preciso ir muito além.
“Toda medida que diminua a utilização de plásticos, ainda mais os descartáveis, são urgentes e necessárias. Mas outras medidas de sensibilização aos turistas, não só sobre os resíduos, são importantes. É preciso expor a insustentabilidade do turismo convencional e de massa, pois o equilíbrio e a dinâmica natural pré-existentes são diretamente impactadas pelo alto fluxo de visitantes”.
FONTE: REDAÇÃO AGNE9