Prefeitura de Aracaju fomenta economia criativa para impulsionar mercado local da cultura
Nos últimos três anos, a Prefeitura de Aracaju tem perseguido as metas do Planejamento Estratégico da gestão voltadas ao fomento da economia criativa, com vistas ao desenvolvimento humano e social. Assim, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), tem investido em eventos e ações nessa área, para incentivar produtores independentes que buscam espaço no mercado, a fim de disseminar suas produções.
De eventos retomados, como o Projeto Verão, passando pela novidade da Arena Criativa, ao já tradicional Forró Caju, ou mesmo dando apoio a festividades, a exemplo do bloco carnavalesco Rasgadinho e os festejos junino da Rua de São João, a Prefeitura tem orientado suas ações na perspectiva de desenvolver uma cidade que, entre outras potencialidades, possa explorar a criatividade da população nos mais diversos âmbitos.
“Estamos incluindo a cultura dentro das lógicas da economia criativa. A cultura é um elemento central e estamos cada vez mais inseridos nisso, em fazer a cultura pela cultura, mas também inserir na economia, já que envolve uma grande cadeia produtiva. Portanto, mantemos os eventos importantes do calendário já tradicional e retomamos outros no sentido de fomentar uma série de setores, afinal, quando tratamos de cultura, mexemos com arte, mas também com turismo, com o bem-estar das pessoas, geramos renda, fomentamos o consumo e tudo isso se reverte em benefícios para a cidade como um todo”, justifica o presidente da Funcaju, Luciano Correia.
O conceito de economia criativa tem se expandido em todo o país, sobretudo no período atual em que fatores como o desemprego têm exigido da população criatividade garantir o sustento. Em termos gerais, essa modalidade de mercado se baseia no capital intelectual e na criatividade para gerar valor econômico e, para se ter uma ideia, de acordo com o “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil – Edição 2019”, realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), o mercado de trabalho abriu 24.500 vagas para profissionais com o perfil da economia criativa.
De acordo com o presidente da Funcaju, a retomada do Projeto Verão, por exemplo, colaborou significativamente para o incentivo a esse mercado, em Aracaju. “Quando falamos de eventos como esse, assim como o próprio Forró Caju, envolvemos trabalhadores da parte artística em si, mas, ainda, de forma indireta, de outros setores. Com o Projeto Verão, paralelamente, investimos na Arena Criativa, que reuniu uma série de seguimentos, trouxe um diálogo com várias vertentes da sociedade, o chamado terceiro setor, os coletivos, as feirinhas, os artistas locais nas mais diversas expressões, a tecnologia. Esses seguimentos alavancam diversos nichos da sociedade e tudo isso se trata de economia criativa, ou seja, tratar a cultura para também inseri-la dentro de lógicas comerciais de geração de emprego e renda”, frisa Luciano.
A política cultural do município está sendo rediscutida, conforme ressalta Luciano Correia. “Isso significa, entre outros pontos, que manteremos uma série de iniciativas que dão certo, como o Projeto Verão, o réveillon, o Forró Caju, que foram resgatados nesta gestão, e trabalharemos ainda mais para melhorar, firmando o que os economistas chamam de externalidades produtivas, ou seja, explorar a cultura no sentido de aquecer a nossa economia, de movimentar as cadeias produtivas”, explica.
fonte – AGÊNCIA ARACAJU DE NOTÍCIAS