Ao longo desta quinta-feira, 30, gestores da Prefeitura de Aracaju, junto a representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), deram continuidade à visita às obras que estão sendo executadas a partir do convênio, no valor de 75 milhões de dólares, firmado entre a gestão municipal e o banco, e discutiram estratégias de comunicação com as comunidades beneficiadas pelo Plano de Requalificação Urbana, assim como as medidas que estão sendo adotadas para garantir o respeito à sustentabilidade no projeto.
Financiado pela entidade financeira, o convênio prevê diversas obras para a capital sergipana. Com foco no desenvolvimento social e urbano do município, o pacote de investimentos inclui a construção da avenida Perimetral Oeste, a revitalização do Parque da Sementeira – em andamento -, a construção de unidades habitacionais, equipamentos sociais, praças, ecopontos e de uma unidade de conservação. A previsão é de que o programa seja finalizado até 2024.
Durante toda a manhã a comitiva esteve em bairros como Grageru, Coroa do Meio e 17 de Março, como parte de uma programação iniciada na última segunda-feira, 27.
“Hoje, circulamos pelo Parque da Sementeira, apresentando ao BID, entre outros pontos, todo o Gradil construído com os recursos do financiamento. Depois, fomos ao bairro Coroa do Meio, onde estamos prospectando uma reforma no cercamento do mangue. Estamos apresentando não só as obras com financiamento pelo programa quanto as que vão ser contrapartida no 17 de Março, a exemplo da maternidade, do Creas, do Casa Lar e das praças. A parceria com o BID é extremamente importante para urbanização da cidade, para esse melhoramento dos bairros e apoio à comunidade como um todo”, aponta a diretora de Programas Especiais da Seplog, Michele Lemos.
Como uma das obras mais importantes do pacote de obras, a avenida Perimetral Oeste, com 7,7 km de extensão, ligará o município de Nossa Senhora do Socorro a Aracaju, contemplando cinco bairros da capital sergipana. Por conta do impacto amplo e dimensão das obras, o alinhamento entre as partes é ainda mais importante, como ressalta o presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sergio Ferrari.
“Esse tipo de visita aproxima o pessoal do BID com a operação da Prefeitura. É bom que eles estejam vendo como estamos fazendo, o rigor técnico, as ideias. É um intercâmbio que permite que eles analisem nosso projeto com uma visão mais realista. Eles estão vendo que tudo aquilo que estão financiando está sendo feito da forma correta, com rigor técnico e vontade de acertar”, acrescenta Ferrari.
No decorrer da tarde, uma reunião realizada no Centro Administrativo discutiu as soluções de comunicação que serão adotadas na iniciativa da Perimetral, em busca de promover uma interação com os aracajuanos sem ruídos, ou seja, que a mensagem seja entendida na ponta, mas também com a possibilidade de troca, com o recebimento de feedback das comunidades.
“É um trabalho que está sendo coordenado pela Secom [Secretaria Municipal da Comunicação], na busca por estratégias que gerem engajamento e participação em todas as etapas, com conteúdo responsável, fidedigno e com espaço para escuta, ou seja, uma via de mão dupla”, descreve a secretária municipal da Comunicação, Tirzah Braga.
O intuito é permitir, da forma mais cristalina possível, o acesso às informações por aqueles que serão afetados diretamente ou indiretamente pela obra. Para isso, junto à Secom, a Prefeitura conta com a empresa Diagonal no processo de contato com a comunidade afetada e estratégias de comunicação.
“A ideia da gente foi tratar do plano de comunicação que está sendo pensado para o projeto da avenida Perimetral, do Programa de Requalificação Urbana, de maneira que se possa aproximar da comunidade, de todas as esferas, com um trabalho transparente, próximo e acessível”, ressalta a assistente social da Diagonal, consultora em gestão socioambiental, Ayara Wanderley.
Ainda durante a tarde, a administração municipal apresentou um panorama das ações ligadas ao meio ambiente, reafirmando entre as partes a certeza da necessidade de respeito ao desenvolvimento sustentável.
“Trouxemos as atualizações ambientais para o BID nas mais diversas obras executadas com os recursos da instituição. É de extrema importância verificar o respeito aos três pilares da sustentabilidade: se é ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. É isso, por exemplo, que as obras da Perimetral têm o intuito de trazer. Hoje, apresentamos as ações, todas as licenças ambientais e autorizações das obras finalizadas, em execução e em processo de licitação, 44 até o presente momento financiadas pelo BID e outras 35 de contrapartida da administração municipal”, explica a coordenadora ambiental do Programa de Requalificação Urbana, Heloísa Souza.