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Potiguar Italo Ferreira é vice-campeão na final do Surf Ranch Pro com californiano Griffin Colapinto

O norte-americano Griffin Colapinto e a havaiana Carissa Moore venceram o Surf Ranch Pro apresentado por 805 Beer e assumiram a liderança nos rankings do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2023. O californiano acabou com a hegemonia de títulos brasileiros nas ondas artificiais do deserto da Califórnia, derrotando o campeão olímpico Italo Ferreira por menos de 1 ponto na final que fechou o show de surfe do domingo nos Estados Unidos. E a pentacampeã mundial festejou sua segunda vitória no Surf Ranch contra a californiana Caroline Marks. O próximo desafio dos melhores surfistas do mundo será no Surf City El Salvador Pro apresentado por Corona nos dias 9 a 18 de junho na América Central.

“Foi um longo dia e estou muito feliz com meu desempenho no evento dessa vez”, disse Italo Ferreira, no pódio do Surf Ranch Pro. “Eu cheguei aqui com muita confiança de conseguir um bom resultado e parabéns ao Griffin (Colapinto), a Carissa (Moore) e a Caroline (Marks). Vocês deram tudo de si para estarem aqui. Estou feliz por estar fazendo parte desse pódio e muito obrigado a todos os fãs pela torcida e todo o apoio hoje, vocês foram incríveis”.

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O Surf Ranch Pro apresentado por 805 Beer inaugurou um novo formato de competição no seu retorno ao calendário do CT esse ano. No sábado, foram realizadas as classificatórias para as quartas de final durante o dia e até de noite. No domingo, todos os confrontos foram homem a homem, só entre dois competidores. Griffin Colapinto conquistou a sua primeira vitória derrotando três brasileiros, Yago Dora nas quartas de final, o defensor do título, Filipe Toledo, nas semifinais e Italo Ferreira na final, por uma pequena diferença de 17,77 a 17,13 pontos.

A decisão agitou a torcida que lotou o Surf Ranch no domingo, que vibrava a cada manobra nas ondas. Esse campeonato tem um diferencial importante, por premiar o surfista mais completo, surfando de frontside e de backside, pois são computadas a maior nota recebida na direita e a maior na esquerda. Nas baterias, cada um surfava duas direitas que tinha duas sessões de tubos e duas esquerdas com um tubo no final. As ondas criadas pela máquina são perfeitas, abrindo paredes lisas para fazer várias manobras de borda e até para voar nos aéreos.

LEMOORE, CALIFORNIA – MAY 28: L – R: Griffin Colapinto of the United States and WSL Champion Italo Ferreira of Brazil after the finals at the Surf Ranch Pro on May 28, 2023 at Lemoore, California. (Photo by Pat Nolan/World Surf League)

GRANDE FINAL – O campeão mundial Italo Ferreira ganhou a torcida com seu ataque insano nas ondas e os tubos longos e profundos de backside nas direitas. O californiano Griffin Colapinto começou forte, com nota 7,83 surfando de frontside na direita e 8,70 de backside na esquerda. Mas, Italo ultrapassou seus 16,53 pontos, com os 16,83 que atingiu com 8,13 na primeira direita que surfou e igualando o 8,70 do americano na esquerda. Só que Griffin conseguiu aumentar sua nota na direita, somando 9,07 para totalizar 17,77 pontos.

Italo então ficou pressionado para tirar o mesmo 9,07 na sua segunda direita para vencer. E ele já saiu mandando uma série de quatro batidas e rasgadas muito fortes, lincando as manobras com velocidade incrível, antes de entrar num tubaço muito longo, sumindo lá dentro e saiu já emendando mais seis ataques incluindo um aéreo reverse, até pegar outro tubo e fechar com outro reverse. Ele e a torcida vibraram com a onda, mas a nota saiu 8,43. Italo então teria que tirar 9,34 na esquerda, só que parecia abalado e não conseguiu completar a onda, com Griffin Colapinto ganhando o título depois de perder duas finais para brasileiros esse ano, para Filipe Toledo em Sunset e Gabriel Medina em M-River.
“Significa muito para mim, ganhar um CT aqui na Califórnia, especialmente aqui onde todos têm oportunidades iguais para surfar e vai muito além da sua capacidade física”, disse Griffin Colapinto. “Eu trabalhei muito duro para conseguir isso e agora estou me sentindo muito bem. Todos os meus amigos e familiares estão aqui, então vencer com eles todos presentes, é uma loucura. Essa final foi alucinante e eu estou nas nuvens agora. Foi difícil ver as ondas do Italo (Ferreira), torcendo para ele cair e não tinha ideia de que poderia ser o número 1 do ranking. É uma sensação incrível saber que vou usar a lycra amarela”.

Foi a primeira vez que o Brasil não festejou o título no Surf Ranch. Nas outras três etapas do CT disputadas nas ondas artificiais do deserto da Califórnia, as decisões foram sempre entre Gabriel Medina e Filipe Toledo. Medina ganhou as duas primeiras em 2018 e 2019 e Filipe venceu a de 2021. Filipe deu o seu show para a torcida contra Leonardo Fioravanti nas quartas de final, derrotando-o por 17,20 a 16,17 pontos. Depois, perdeu para Griffin Colapinto nas semifinais, por 15,60 a 14,10, terminando em terceiro lugar dessa vez.

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