O Governo do Maranhão, por meio da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), e a VLI, companhia de soluções logísticas integradas que opera ferrovias, portos e terminais, assinaram memorando de entendimento para estudos de ampliação da infraestrutura do Porto do Itaqui.
Projeto vai gerar 2.500 empregos
O projeto prevê um investimento de R$ 2,5 bilhões e a criação de mais de 2.500 postos de trabalho para os maranhenses.
Os estudos podem concluir pela possibilidade de investimentos em estruturas. A pera ferroviária na poligonal do porto é uma delas. Além disso, um novo berço para embarque de grãos. E, por fim, a capacitação de outro berço; e a construção de armazéns, moega e interligações ferroviárias.
“O sistema portuário do Maranhão é a rota natural para a produção do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Além disso, também engloba outros estados como Mato Grosso, Tocantins e Goiás, que estão dentro da área de cobertura do Corredor Norte da VLI. Os estudos para a ampliação da infraestrutura do Porto do Itaqui reforçam nossa vocação para atender os clientes. Desse modo, destacando o caráter desenvolvimentista da companhia, que apoia o aumento da produção regional e o fortalecimento das exportações do Brasil”, afirma Fábio Marchiori.
Segundo Gilberto Lins, presidente da Emap, responsável pelo Porto do Itaqui, “o investimento proposto só confirma a importância do nosso porto como um hub logístico nacional. Além disso, demonstra a confiança de grandes empresas na forma como estamos gerindo o maior porto do Norte/Nordeste”.
Após a assinatura do acordo, VLI e Emap trabalharão juntas para verificar a viabilidade das obras. A princípio, este processo ter ter conclusão em até 180 dias. Se for confirmada a continuidade do projeto, as obras devem começar em 2025. A capacidade a ser ampliada, as condições operacionais e outros aspectos serão analisados durante a fase de estudos.
Atualmente, a VLI já opera no Porto do Itaqui, utilizando o berço 105, onde movimenta cargas como grãos (soja e milho), farelo de soja, ferro-gusa e fertilizantes.
Pera ferroviária: carga e descarga mais eficientes
A pera ferroviária é uma obra de engenharia que torna mais ágil a formação de composições para transporte de carga e está presente em todos os terminais integradores de transbordo rodoferroviário da VLI e no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), porto localizado na Baixada Santista.
O sistema proporciona ganho de performance, eliminando a necessidade de vários pontos de carregamento ou descarregamento. Para efeito de comparação, em Araguari (MG), onde a companhia possui um terminal interligado à Ferrovia Centro-Atlântica, o tempo de carregamento de composições com 80 vagões passou de mais de 64 horas para apenas cinco horas, após a implantação da pera.
Investimentos e resultados
Os resultados da VLI do Corredor Norte, que liga Porto Nacional (TO) ao sistema portuário do Maranhão por meio da concessão da VLI do tramo norte da Ferrovia Norte-Sul e da Estrada de Ferro Carajás, onde a companhia opera por direito de passagem, atestam o crescimento da produção regional.
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De 2013 a 2023, o transporte ferroviário da companhia no corredor cresceu mais de 300%. Ao mesmo tempo, passou de 3,5 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil) para 14,4 bilhões de TKU. Além disso, a VLI estimula o desenvolvimento de novos fluxos de carga na região.
Para viabilizar este novo fluxo, que tem capacidade inicial estimada de 1,5 milhão de toneladas por ano, a VLI investiu cerca de R$ 400 milhões, em parceria com a Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi).