Mais de 100 toneladas de algodão foram enviadas, na quarta-feira (14), do Porto de Fortaleza, no Ceará, para Ho Chi Minh, no Vietnã. A operação foi realizada pela Cargill, uma das principais fornecedoras de alimentos e soluções agrícolas, em parceria com a CMA CGM, líder global em logística e transporte. Juntas, as empresas facilitaram o envio de quatro contêineres para o mercado asiático.
Fortaleza se torna polo de exportação de algodão
Esse embarque posiciona o Porto de Fortaleza como um importante ponto estratégico para exportações, inclusive de commodities cultivadas a mais de 800 quilômetros de distância.
O algodão, oriundo do Oeste da Bahia, possui certificação BCI, que avalia os impactos ambientais ao longo de toda a cadeia produtiva.
A operação da CMA CGM busca diversificar os portos utilizados para exportações internacionais, uma vez que o Porto de Santos, em São Paulo, atualmente concentra 95% dos embarques de algodão brasileiro.
Daniela Duarte, líder de Transportes Internacionais e Cabotagem da Cargill na América Latina, ressalta a importância de uma logística eficiente. “Essa operação destaca a relevância de uma logística estratégica para que as commodities brasileiras cheguem ao destino final no menor tempo possível. Este foi o primeiro envio desse volume por Fortaleza, e já planejamos novos embarques em breve.”
Neusa Marcelino, diretora geral da CMA CGM Brasil, também enfatiza o compromisso da empresa em oferecer soluções logísticas eficazes. “O início dessa nova rota de exportação a partir do Porto de Fortaleza reforça nosso compromisso em fornecer alternativas logísticas que atendam às demandas dos nossos clientes, garantindo maior agilidade e eficiência no transporte das commodities brasileiras para o mercado internacional. Seguimos empenhados em expandir nossas operações no Brasil, fortalecendo o comércio exterior.”
Este ano, o Brasil alcançou o posto de maior exportador de algodão do mundo, superando os Estados Unidos, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A conquista, prevista inicialmente para 2030, foi alcançada antes do término da safra 2023/2024, que ocorreu de julho de 2023 a junho deste ano.
Apesar desse resultado, a Abrapa alerta que o Brasil pode não manter a liderança no próximo ciclo 2024/25, mas a expectativa é de que o país e os Estados Unidos continuem a competir de forma acirrada, alternando ou empatando no topo do ranking de exportadores de algodão no futuro.