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InícioEliseu LinsPor que os tubarões de Pernambuco não toleram surfistas?

Por que os tubarões de Pernambuco não toleram surfistas?

O título deste texto é uma das frases do refrão da música Nhém Nhém Nhém, do cantor paraibano Totonho. Ela sintetiza um problema que há anos afeta a população do litoral pernambucano e todos que a visitam. A presença de tubarões, com frequentes ataques. As principais vítimas são surfistas por conta de toda sua movimentação dentro do mar. Contudo, o principal ponto da discussão desse assunto tão melindroso é apontar porque os tubarões foram parar nas praias de Pernambuco. E muitas teorias são especuladas sobre o real motivo. Desde a geografia acidentada de Pernambuco até obras que propiciaram que esses animais marinhos parassem ali.

Ao mesmo tempo, o jornalista pernambucano Jamildo Melo trouxe um estudo, nesta segunda-feira (20), da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE), instituição ligada à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. De acordo com a publicação, a posição científica atual do Governo do Estado é que os ataques de tubarão não tem relação direta com o Porto de SUAPE. A posição está em documento oficial da FACEPE.

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O jornalista também arremata: “Há décadas corre no Estado a “lenda urbana” de que os ataques de tubarão foram incrementados pela construção do Porto de SUAPE, na década de 70″.

O que diz o Porto

O texto de Jamildo também traz uma nota técnica do próprio Porto de Suape sobre o assunto. “Tais incidentes constituem um problema histórico (que remonta a década de 1940) e complexo (multifatorial) no litoral do Estado”, frisa o documento.

E continua: “O porto foi construindo apenas na década de 70 do século passado. Assim, SUAPE fica fora da responsabilidade direta”. E segue: “Cabe mencionar que independentemente da questão dos incidentes, o Porto adota uma postura ambientalmente responsável e proativa no controle dos seus aspectos e na manutenção da qualidade ambiental”, ressalta.

Ao mesmo tempo, a nota informa ainda que existem no entorno de Suape duas espécies de tubarões. Contudo, o documento garante que “não são da mesma espécie que atacam os banhistas em Recife, Olinda e Jaboatão”.

Não engrosse as estatísticas

Em conclusão, nesse embate de apontar culpados, só quem perde é quem consegue transformar uma criação da natureza em tragédia. Banho de mar é bom, mas engrossar as estatísticas dos ataques de tubarão é completamente desfavorável. Melhor do que apontar culpados e teorias, o certo é manter constantes campanhas de conscientização. E ouvir o questionamento de Totonho em tom descontraído. E não nas trágicas manchetes que estamos acompanhando recentemente.

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