O Piauí tem se destacado como protagonista na atração de investimentos estratégicos, internacionalização de negócios e desenvolvimento econômico sustentável.
A princípio, entre 2023 e 2025, o estado participou de 15 missões internacionais em 21 países, resultando em negócios que ultrapassam R$ 49 bilhões, além de firmar acordos importantes nos setores de energias renováveis, mineração, tecnologia, logística e educação.
Projetos que se destacam no Piauí
| Projeto | Valor estimado / investimento | Localização / setor | Impactos esperados / status atual |
|---|---|---|---|
| Usina de hidrogênio verde + amônia (Solatio Energia Livre) | ~ R$ 27 bilhões | Parnaíba, Zona de Processamento de Exportação (ZPE), setor de energia renovável | Produção anual prevista de 400 mil toneladas de H₂V e 2,2 milhões de toneladas de amônia verde; geração de ~2.000 empregos diretos na fase inicial; previsão de entrar em operação parcial em 2029 e plena capacidade até 2031. Há questionamentos ambientais pelo MPF relacionados ao uso de água, licenças e impactos associados |
| Projeto de Níquel – Piauí Níquel Metais (PNM) | ~ R$ 6 bilhões nos próximos anos | Capitão Gervásio Oliveira / mineração / metais estratégicos | Produção estimada de 25 mil toneladas de níquel/ano a partir de 2026; produção de 800 toneladas de cobalto a partir de 2027; mais de 2.000 empregos diretos na construção + novos postos em operação; certificação Nickel Mark obtida, reforçando compromisso ESG (ambiental, social e governança) |
| Porto Piauí e infraestrutura portuária / hidrovia do Parnaíba | Mais de R$ 7 bilhões até 2030 | Luís Correia e região costeira / logística / transporte de granéis, hidrovia | Ampliação de cais multipropósito, nova sede administrativa, melhorias de canal, sinalização, balizamento; projeto da hidrovia do Parnaíba estimado em R$ 1 bilhão para infraestrutura portuária/hidroviária; expectativa de reduzir custos logísticos, mobilizar cadeias produtivas regionais |
| Parque solar de 4 GW para abastecimento da cadeia de energia renovável | Integrado ao projeto de hidrogênio verde, parte do investimento da Solatio | Município de Bom Princípio do Piauí / energia solar | Será usado para alimentar a produção de amônia/hidrogênio verde; fortalece a matriz limpa do estado; projeto firmado com memorando em 2024; início da implantação previsto para 2025 |
Impactos socioeconômicos e ambientais
- Geração de empregos: Os projetos já em execução prometem milhares de empregos, tanto na fase de construção quanto na fase de operação. A usina de hidrogênio verde, por exemplo, deverá gerar pelo menos 2.000 empregos diretos em sua fase inicial.
- Transformação na matriz energética: Com os projetos solares, hidrogênio e amônia verde, Piauí avança no compromisso de produção limpa e incentiva uma economia menos dependente de combustíveis fósseis.
- Desenvolvimento logístico e conectividade: Porto Piauí e a hidrovia do Parnaíba devem facilitar o escoamento da produção, reduzir custos de transporte, atrair indústrias que dependem de logística eficiente e dar mais robustez ao comércio exterior.
- Desafios regulatórios e ambientais: Apesar do avanço, há obstáculos. O Ministério Público Federal (MPF) questiona licenças ambientais da usina de hidrogênio, apontando lacunas nos estudos, uso de água e impacto sobre unidades de conservação. Há pressão para que o licenciamento seja completo, transparente e que mitigação de impactos seja efetiva.
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O Piauí caminha não apenas para tornar-se um grande polo de energias renováveis no Brasil, como também para se firmar em mineração estratégica, infraestrutura robusta e promoção de inovação. Portanto, os investimentos colhidos até agora, somados às iniciativas internacionais, posicionam o estado com credibilidade diante de mercados globais.
No entanto, para que esse futuro promissor se realize de forma sustentável, será imprescindível seguir com transparência nos licenciamentos, respeito ao meio ambiente, participação comunitária e governança rigorosa. Afinal, os desafios são grandes, mas os projetos já destacados mostram que o Piauí está sendo reconhecido fora das suas fronteiras — e com isso, transformações concretas já acontecem.
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