A Petrobras confirmou um investimento de R$ 38 milhões para a retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes da Bahia (Fafen Bahia), localizada no Polo Petroquímico de Camaçari. O anúncio foi feito pela presidente da estatal, Magda Chambriard, na semana passada, reforçando o compromisso da empresa em fortalecer a produção nacional de insumos agrícolas e ampliar o aproveitamento do gás natural no país.
Segundo Chambriard, a reativação da Fafen é parte de uma estratégia que deve garantir 20% da demanda nacional de fertilizantes já no início de 2026, com a operação conjunta das unidades da Fafen Bahia, Fafen Sergipe e Ansa (Araucária Nitrogenados, no Paraná).
“Será um investimento que aproveita uma sinergia óbvia entre a produção de gás natural e a fabricação de fertilizantes. Estamos rompendo o ciclo vicioso de não ter gás porque não há mercado e vice-versa”, destacou a presidente.

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Benefícios para a economia baiana e o Nordeste
A retomada da Fafen Bahia deve gerar centenas de empregos diretos e indiretos, movimentar a cadeia de fornecedores locais e fortalecer o agronegócio nordestino, especialmente nas culturas de milho, soja e café, que dependem fortemente de fertilizantes nitrogenados.
O investimento também aumenta a competitividade regional, reduzindo a dependência de importações e impulsionando o uso do gás natural, cuja oferta no mercado nacional cresceu significativamente. Hoje, segundo a Petrobras, já são fornecidos 50 milhões de metros cúbicos por dia, contra 31 milhões de m³/d em períodos anteriores.
Portanto, com a expansão da produção e a queda do preço do gás — de US$ 16 para cerca de US$ 6-7 por milhão de BTU —, o cenário torna-se mais favorável para novos empreendimentos industriais
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