A Paraíba apresentou nos últimos cinco anos um crescimento de 30,7% na criação de caprinos. Os dados são do Boletim Técnico do Agronegócio Rebanhos da Paraíba, uma produção da Usina de Dados do Sebrae/PB. O levantamento vem de um ecossistema de criação e divulgação de informações inteligentes e relevantes para os pequenos negócios.
A identificação da expansão do rebanho caprino sobre o território paraibano tem como referência o ano de 2016. Nesta ocasião, o estado concentrava 566.153 mil animais, em comparação ao ano de 2020. Nesse período foi registrado o total de 739.915 cabeças.
Ainda conforme os dados, a mesorregião da Borborema é a que apresenta o maior número de cabeças do rebanho caprino, representando o percentual de 57,2% do total. São 423.352 animais e restante localizados nas demais regiões do estado. Enquanto o Sertão tem 171.234, o Agreste 133.394 e a Mata Paraibana 11.935.
Considerando a estatística por município, o levantamento também revela que o território de Monteiro lidera a concentração do rebanho caprino, com 34.000 cabeças, seguido de São João do Tigre (27.265) e Sumé (25.700).
Fortalecimento
De acordo com a gerente regional do Sebrae/PB em Monteiro, Madalena Arruda, o crescimento do rebanho é fruto de uma série de ações que visam o fortalecimento da prática da caprinocultura. “A atividade âncora, especialmente na microrregião do Cariri que está inserido dentro da Borborema, sempre foi a caprinocultura. Um dos principais fatores desse crescimento recente é o trabalho que vem sendo feito ao longo de anos pelo Sebrae e demais instituições parceiras. O desenvolvimento de políticas públicas, abertura de acesso ao mercado, capacitações, projetos de melhoramento genético, assim como a própria organização de feiras. Tudo isso colabora para o fortalecimento da cadeia produtiva”, disse.
Além do aspecto produtivo gerado pela própria cadeia que envolve a caprinocultura, Madalena Arruda, explica que outros segmentos econômicos da região são contemplados com a geração de novos negócios. “A partir da atividade da caprinocultura hoje nós temos a criação de rotas turísticas. O que gera novos negócios e mais desenvolvimento para a região. Então essa cadeia produtiva representa um grande eixo de desenvolvimento”, concluiu.
FONTE: Com a Agência Sebrae