Conjunto vem circulando pelo Estado com o Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial, que tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, do Ministério da Cultura.
A música armorial, representação artística sonora do Movimento Armorial encabeçado por Ariano Suassuna é tema, em abril e junho, da Orquestra de Câmara de Pernambuco (OCPE). Inspirado nos 50 anos do Armorial, o conjunto, comandado pelo maestro José Renato Accioly, se lança no Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial, realizando cinco concertos gratuitos em cidades de Pernambuco e do Maranhão. Depois de passar por Sertânia e pelo Recife, a turnê chega, nesta sexta-feira (28), ao Teatro Bianor Mendonça Monteiro, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.
O Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial tem produção de Carla Navarro e conta com o incentivo do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. A iniciativa conta ainda com o apoio da Prefeitura de Camaragibe, Prefeitura de Sertânia, Prefeitura de Itapecuru Mirim, Prefeitura de Santa Rita, Fundação de Cultura de Camaragibe, Instituto de Música Dom da Paz e do Conservatório Pernambucano de Mùsica.
“Este foi um projeto idealizado para 2020, no máximo, 2021, para marcar os 50 anos da música armorial e estamos muito felizes em poder fazê-lo agora, neste pós-pandemia. Dar às novas gerações a possibilidade de conhecer a força do Armorial para a cultura brasileira é algo realmente muito especial”, afirma o maestro.
Depois de Camaragibe (28/4), na Região Metropolitana do Recife, as maranhenses Santa Rita (9/6) e Itapecuru Mirim (10/6) serão as próximas a receber o grupo. “Camaragibe, pela proximidade com o Recife, acaba não recebendo apresentações de orquestras, assim como Santa Rita e Itapecuru Mirim, que também são próximas a São Luís. Então será a oportunidade de alcançar essas cidades sem tradição neste tipo de música”, ressalta a produtora Carla Navarro.
Na caravana da OCPE viajam 25 pessoas, entre músicos, maestro e produção. Em cada uma das paradas do circuito, eles realizam um concerto-aula, sempre à tarde, e à noite, o concerto. “Realizamos o concerto-aula, apresentando didaticamente os instrumentos que formam a orquestra, como cada um contribui para o resultado final, e as músicas. É a hora de falar um pouco do que foi o movimento e as características dessa música que nasceu dentro desta escola”, revela José Renato, que também é maestro assistente da Orquestra Sinfônica do Recife.
O maestro explica o que dá importância à produção armorial. “Foi o movimento que mais profundamente mergulhou na tradição popular, no folclore. Ele faz uso da rítmica, das melodias modais nordestinas, da harmonia que essas melodias produzem, dando a esta raiz musical uma roupa de orquestra, uma roupa de sonoridade europeia, por se tratar de uma orquestra com formato europeu, com violinos, violoncelos, contrabaixo e violas, incorporando ainda duas flautas e um conjunto de percussão. Fazendo alusão ao popular, as duas flautas representariam os pífanos; as cordas representariam as rabecas, e a percussão traz a zabumba, o triangulo e o pandeiro da tradição dos brinquedos populares”, conclui.
SERVIÇO:
28/4 – Teatro Bianor Mendonça Monteiro (Camaragibe), 15h30 (concerto-aula) e 19h30 (concerto)
9/6 – Santa Rita, Maranhão. (local a definir), 16h (concerto-aula) e 19h (concerto)
10/6 – Itapecuru Mirim, Maranhão. (local a definir), 16h (concerto-aula) e 19h
Todas as apresentações são abertas ao público.
PROGRAMA
1. Três Peças Nordestinas – Clóvis Pereira
2. Aboio – Cussy de Almeida
3. Suíte Sem Rei, Nem Rei – Capiba
4. Chegança – Benny Wolkoff
5. Toada e Desafio – Dierson Torres
6. A Pedra do Reino – Suite Armorial – Jarbas Maciel