Empresa tem plano para revitalizar UPGN e entrar em novos negócios, como GNL de pequena escala.
Origem Energia prevê investir US$ 300 milhões e triplicar produção de gás em Alagoas. Na imagem, operações da Origem Energia no Polo Alagoas, de produção de petróleo e gás natural (Foto: Divulgação)
Operações da Origem Energia no Polo Alagoas, de produção de petróleo e gás natural (Foto: Divulgação)
RIO — A Origem Energia, controlada pela Prisma Capital, tem planos para triplicar a sua produção no Polo Alagoas em cinco anos, com foco em gás natural.
A empresa prevê investir US$ 300 milhões num plano de expansão que inclui não só a recuperação dos campos maduros, mas também a revitalização da unidade de processamento de gás natural (UPGN) local e novos negócios — como armazenamento de gás e um projeto de interiorização do gás via gás natural liquefeito (GNL) de pequena escala.
A Origem aposta no conceito de integração energética e numa estrutura verticalizada que a permita usar o gás local para a produção também de gás liquefeito de petróleo (GLP), o “gás de cozinha”, como a Petrobras já fazia; e para geração termelétrica no futuro.
Desde que assumiu a operação do Polo Alagoas, em fevereiro, a empresa já triplicou a produção de gás natural, para cerca de 1 milhão m³/dia. O gás responde, hoje, por 70% da receita da empresa, que prevê um faturamento de mais de R$ 1 bilhão em 2022.
A Origem opera 16 concessões na Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Alagoas.
Em abril, a companhia arrematou mais 14 blocos exploratórios na Oferta Permanente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na Bacia Sergipe-Alagoas.
A intenção da empresa é explorar a região, em busca de novas descobertas que guardem sinergia com o Polo Alagoas, comprado da Petrobras por US$ 300 milhões.
Junto com os campos e a UPGN, com capacidade para 2 milhões de m³/dia, o polo ainda inclui duas estações de tratamento e uma malha de 230 km de dutos com acesso direto ao terminal de exportação de óleo Tamac, em Maceió (AL).
A empresa foi criada em 2017, como Petro+, tendo como sócios-fundadores o administrador Luiz Felipe Coutinho e a engenheira Luna Viana, dois jovens empreendedores — posteriormente, em 2021, o engenheiro americano Nathan Biddle entrou no negócio.
Os sócios-fundadores venderam em 2019 o controle para a Prisma, que também comprou outra petroleira, a Eagle, fundida à Petro+. E empresa mudou de nome, então, para Origem — marca que completa, este mês, um ano.
FONTE: EP BR