O Nordeste que você não vê! Conheça tesouros naturais que dão vida ao litoral

Você sabia que existem duas cadeias de montes e bancos submersos no litoral Nordeste do Brasil, formadas por atividades vulcânicas no assoalho do Oceano Atlântico? Essas formações geológicas abrigam uma rica biodiversidade marinha, incluindo recifes de corais que são os mais vivos do país.

As cadeias se estendem por cerca de 1,3 mil quilômetros na margem equatorial brasileira. Apenas duas porções dessas cadeias emergem na superfície do oceano: o Atol das Rocas e o arquipélago de Fernando de Noronha. Essas ilhas são conhecidas por sua beleza e importância ecológica, sendo declaradas Patrimônio Mundial da Unesco.

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Contudo, é na parte submersa que se encontra a maior parte da vida marinha. Nos topos dos montes, alimentadas por nutrientes levados do fundo do oceano por ressurgências (tipo de corrente marinha), existem formações de corais que têm atraído a atenção de cientistas. Esses corais são essenciais para a saúde dos ecossistemas marinhos, pois fornecem abrigo, alimento e reprodução para diversas espécies de peixes e invertebrados.

Exploração de Petróleo acende alerta

Ao mesmo tempo, esses corais estão ameaçados pela exploração de petróleo e gás na região. E isso pode causar danos irreversíveis aos corais e à biodiversidade marinha. Além do risco de vazamentos e acidentes ambientais, há também o impacto da poluição sonora, luminosa e química gerada pelas atividades petrolíferas. Esses fatores podem afetar o comportamento, a reprodução e a sobrevivência dos organismos marinhos.

Antes de mais nada, diante desse cenário, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) defendem a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) dos Bancos de Noronha e Ceará. A área proposta pelos pesquisadores se estende por 22,7 milhões de hectares e abrange todos os bancos submersos das duas cadeias.

De acordo com Mauro Maida, professor do Departamento de Oceanografia da UFPE, “vários desses bancos não têm nenhum nível de proteção. Os únicos que têm são Atol das Rocas e Fernando de Noronha”, afirma. Maida está à frente do Sassanga, um sistema de monitoramento remoto de vídeos submarinos que vem mapeando a região. De acordo com ele, a área dos bancos de Noronha e Ceará contém formações com até 100% de cobertura de corais em alguns pontos não protegidos.

Maior cobertura viva de coral do Brasil

“É a maior cobertura viva de coral em um recife no Brasil. Esses bancos são reconhecidamente importantes pela ONU [Organização das Nações Unidas]. O governo tem que criar uma unidade de conservação, senão vamos perder isso.”

Recentemente, pesquisas com o Sassanga encontraram um recife de coral, antes desconhecido, ao sul de Fernando de Noronha. “Só se imaginava que os recifes de Noronha fossem nos Dois Irmãos. A gente conseguiu mapear esse [novo] recife, que tem 24 quilômetros quadrados (km²), localizado a 50 metros de profundidade. É um dos maiores bancos de Montastrea cavernosa [espécie de coral] do Brasil”, destaca.

A criação da APA dos Bancos de Noronha e Ceará também visa proteger a pesca sustentável na região. A ideia é que a APA tenha áreas fechadas para a pesca, nos pontos dos recifes de corais, e áreas abertas, onde a pesca seria permitida e regulamentada. Do mesmo modo, seria possível preservar os estoques pesqueiros e garantir a renda e a segurança alimentar das comunidades costeiras que dependem da atividade.

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Primeiramente, a proposta da APA ainda depende da aprovação do Governo Federal, que precisa levar em conta os interesses econômicos e ambientais envolvidos. Ainda assim, os pesquisadores esperam a aprovação do projeto aprovado em breve. Primordialmente, antes que seja tarde demais para salvar os recifes de corais do litoral nordeste do Brasil.

Qual a importância dos corais?

 

Motivo Explicação
Biodiversidade Os recifes de coral abrigam cerca de 25% de todas as espécies marinhas, incluindo peixes, moluscos, crustáceos e algas. Eles são considerados os ecossistemas mais ricos e diversificados do planeta.
Alimentação Os recifes de coral fornecem alimento para milhões de pessoas que dependem da pesca e da aquicultura. Muitas espécies de peixes que são consumidas pelos humanos se alimentam e se reproduzem nos recifes.
Proteção Os recifes de coral protegem as costas da erosão e dos impactos das ondas e das tempestades. Eles também evitam a perda de sedimentos e nutrientes que poderiam prejudicar os ecossistemas costeiros.
Turismo Os recifes de coral atraem turistas que apreciam a beleza e a diversidade da vida marinha. O turismo gera renda e emprego para as comunidades locais, além de incentivar a conservação dos recifes.
Medicina Os recifes de coral são fontes potenciais de novos medicamentos para o tratamento de doenças como câncer, AIDS, malária, inflamações e infecções. Muitos compostos bioativos já foram isolados dos corais e de seus organismos associados.

 

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