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O gás novo do Brasil, além do offshore Nordeste

Enquanto a indústria do gás natural aguarda novas rotas de gasodutos offshore, um “gás novo” de fontes subaproveitadas ganha novo dinamismo

Enquanto a indústria de gás natural ainda aguarda uma definição clara sobre o futuro das novas rotas de gasodutos offshore, o mercado pode ser reforçado nos próximos anos com a entrada de um “gás novo” de fontes subaproveitadas, que agora ganham novo dinamismo.

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O crescimento dos investimentos na recuperação dos campos maduros onshore, a partir da entrada de novos produtores independentes no setor, e a expectativa de desenvolvimento da indústria do biometano têm potencial para contribuir com uma oferta adicional de ao menos 5 milhões de m³/dia nos próximos anos. O volume equivale a cerca de 7% da demanda atual do mercado nacional.

O GÁS DO ONSHORE
Com a venda dos ativos terrestres da Petrobras, o aumento da oferta pelas produtoras independentes cresce na medida da ampliação dos investimentos na recuperação de campos maduros e no desenvolvimento de reservas “esquecidas” pela ao longo das últimas décadas.

Empresas com 3R Petroleum, Eneva, Origem Energia e PetroReconcavo despontam, nesse sentido, como principais players do gás onshore.

Origem Energia
Deve contribuir, sozinha, com um volume adicional da ordem de 2 milhão de m3/dia. A empresa prevê triplicar, em cinco anos, a sua produção no Polo Alagoas — comprado da Petrobras por US$ 300 milhões.

Prevê investir outros US$ 300 milhões na expansão não apenas da recuperação dos campos maduros, mas também na revitalização da unidade de processamento de gás natural (UPGN) em Alagoas e novos negócios — como armazenamento de gás e distribuição de gás natural liquefeito (GNL) em pequena escala.

Parte do gás está contratado: empresa tem acordos de fornecimento firme com Bahiagás e Algás — 1,64 milhão de m³/dia em 2023; 2,14 milhões de m³/dia em 2024; e 1,5 milhão de m³/dia entre 2025 e 2026.

PetroReconcavo
Deve contribuir com mais 1 milhão de m³/dia. Espera aumentar em cerca de 70% a sua produção de gás até 2026, de 1,45 milhão de m³/dia para 2,5 milhões de m3/dia. E prepara investimentos na expansão da infraestrutura de processamento, nos próximos anos.

O crescimento da produção virá, sobretudo, da Bahia. A empresa prevê ampliar de 800 mil para 2 milhões de m³/dia o volume produzido no estado, a partir dos ativos que já possui.

A PetroReconcavo já tem parte de sua produção comprometida com quatro distribuidoras: Bahiagás, Potigás, PBGás e Cegás. Os acordos somam volumes de cerca de 1,1 milhão de m³/dia entre 2023 e 2025 e 1 milhão de m³/dia em 2026.

Para monetizar o seu gás, a companhia busca novos consumidores nos mercados regulado e livre. Braskem, Unigel e Acelen, na Bahia, são potenciais compradores.

Eneva
Começará, em 2024, a fornecer o gás do Parnaíba ao mercado. Estima R$ 980 milhões num projeto de liquefação de 600 mil m³/dia. O volume já está, majoritariamente, contratado pela Suzano e Vale, no Maranhão.

Ao mesmo tempo, prevê quintuplicar a capacidade máxima de produção em Azulão, no Amazonas, para 5 milhões de m³/dia. Os volumes serão destinados aos projetos termelétricos Azulão I e Azulão II (AM), além da usina Jaguatirica II (RR), já operacional.

A Eneva também está negociando uma joint venture com a VirtuGNL para explorar o mercado de GNL em pequena escala na Amazônia; ainda não está claro o volume de gás disponível para novos consumidores.

3R Petroleum
As certificações de reservas indicam, numa visão conservadora, uma produção de gás de 1,4 milhão a 1,6 milhão de m³/dia entre 2023 e 2031 — ante o patamar atual de 1,3 milhão de m³/dia.

Nem todo esse volume é negociado diretamente pela empresa. A maioria do gás produzido pela companhia é comercializado com a Petrobras, antiga dona dos campos operados pela 3R. É o caso dos volumes do Polo Peroá, em águas rasas na Bacia do Espírito Santo, e Macau, no onshore da Bacia Potiguar.

O acordo de venda do gás para a estatal prevê opções para redução de volumes, que permitem à 3R buscar novas formas de monetização no futuro. O preço negociado com a Petrobras, contudo, é visto internamente como satisfatório neste primeiro momento.

FONTE: EPBR / TEXTO: André Ramalho

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