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Novembro Azul: a importância da prevenção do câncer de próstata

O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, que tem como objetivo chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina, especialmente o câncer de próstata, segunda doença que mais mata homens no mundo.

A princípio, o movimento Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o nome de Movember, uma junção das palavras moustache (bigode) e november (novembro). Ao mesmo tempo, a ideia era que os homens deixassem o bigode crescer durante todo o mês como forma de conscientização sobre a saúde masculina. Desde então, a campanha se espalhou pelo mundo e ganhou diferentes nomes e símbolos, como o laço azul.

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No Brasil, o Novembro Azul é promovido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pelo Ministério da Saúde desde 2011. A campanha visa sensibilizar os homens sobre a importância de cuidar da saúde de forma integral, considerando os aspectos físicos, mentais e sociais. Além disso, busca alertar sobre os fatores de risco, os sinais e sintomas, as formas de prevenção e as opções de tratamento do câncer de próstata.

O que é o câncer de próstata?

Primeiramente, a próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela produz parte do líquido seminal, que compõe o esperma.

Antes de mais nada, o câncer de próstata é uma doença que se caracteriza pela multiplicação anormal e descontrolada das células da próstata, formando um tumor. Esse tumor pode crescer lentamente e ficar restrito à glândula, sem causar grandes danos à saúde. Mas também pode se desenvolver rapidamente e se espalhar para outros órgãos, como os ossos e os pulmões, comprometendo a qualidade e a expectativa de vida do paciente.

Atualmente, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. No Brasil, estimam-se 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025. Atualmente, é a segunda causa de óbito por câncer na população masculina, reafirmando sua importância epidemiológica no país.

A campanha Novembro Azul promove a importância do exame para prevenção da doença.

Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?

Os fatores de risco são características ou hábitos que aumentam a probabilidade de desenvolver uma doença. No caso do câncer de próstata, os principais fatores de risco são:

  • Idade: O risco aumenta com o avançar da idade, sendo mais frequente em homens a partir da sexta década de vida.
  • Histórico familiar: Homens que têm parentes de primeiro grau (pai ou irmão) que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos têm maior chance de desenvolver a doença.
  • Raça: Homens negros têm maior incidência e mortalidade por câncer de próstata do que homens brancos ou asiáticos.
  • Obesidade: O excesso de peso pode estar relacionado a tipos histológicos avançados de câncer de próstata.
  • Exposição ocupacional: Homens que trabalham com substâncias químicas como cádmio, arsênio, amianto e derivados do petróleo podem ter maior risco de câncer de próstata.

Quais são os sinais e sintomas do câncer de próstata?

Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas. Por isso, muitos homens só descobrem a doença quando ela já está avançada. Nesse caso, os sintomas podem incluir:

  • Dificuldade ou dor para urinar
  • Aumento da frequência urinária, principalmente à noite
  • Jato urinário fraco ou intermitente
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen
  • Dor na região pélvica, nas costas ou nos ossos

É importante ressaltar que esses sintomas podem estar relacionados a outras condições benignas da próstata, como a hiperplasia prostática benigna (HPB) ou a prostatite. Por isso, é fundamental procurar um médico para realizar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.

Cuidar da alimentação e a saúde física e mental é o caminho de prevenção do câncer de próstata.

Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?

O diagnóstico do câncer de próstata é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais. Os exames utilizados para a investigação diagnóstica do câncer de próstata são o PSA e o toque retal. O exame de PSA tem a finalidade de medir no sangue o antígeno prostático específico, que é uma proteína produzida pela próstata e está disponível na corrente sanguínea e no sêmen. Níveis alterados dessa proteína podem indicar alterações na próstata. O toque retal possui a finalidade de avaliar o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata. Destaca-se que esses exames são recomendados para a investigação, mediante suspeita de câncer de próstata.

Caso os resultados desses exames sejam sugestivos de câncer, é necessário realizar uma biópsia da próstata, que consiste na retirada de fragmentos da glândula para análise microscópica. A biópsia é o único método capaz de confirmar o diagnóstico de câncer de próstata e determinar o grau de agressividade do tumor.

Como é feito o tratamento do câncer de próstata?

O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença, do tipo e do grau do tumor, da idade e das condições clínicas do paciente, bem como das suas preferências e expectativas. As principais modalidades de tratamento são:

  • Cirurgia: Consiste na remoção total ou parcial da próstata e dos tecidos adjacentes. Pode ser realizada por via aberta, laparoscópica ou robótica. A cirurgia pode causar complicações como sangramento, infecção, incontinência urinária e disfunção erétil.
  • Radioterapia: Consiste na aplicação de radiação ionizante sobre o tumor, com o objetivo de destruir as células cancerosas. Pode ser realizada por via externa ou interna (braquiterapia). A radioterapia pode causar efeitos colaterais como irritação na pele, fadiga, diarreia, incontinência urinária e disfunção erétil.
  • Hormonioterapia: Consiste no uso de medicamentos que bloqueiam a produção ou a ação dos hormônios masculinos (andrógenos), que estimulam o crescimento do tumor. Pode realizar por via oral, injetável ou cirúrgica (orquiectomia). A hormonioterapia pode causar efeitos colaterais como ondas de calor, perda de libido, impotência sexual, ginecomastia, osteoporose e anemia.
  • Quimioterapia: Consiste no uso de medicamentos que atuam sobre as células em divisão, impedindo sua multiplicação. Pode ocorrer por via oral ou intravenosa. A quimioterapia pode causar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, queda de cabelo, feridas na boca, infecções e sangramentos.
  • Imunoterapia: Consiste no uso de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerosas. Pode ser por via intravenosa ou subcutânea. A imunoterapia pode causar efeitos colaterais como reações alérgicas, febre, calafrios, fadiga, dor muscular e articular.

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