O projeto Noronha Verde, que visa a descarbonização do Arquipélago de Fernando de Noronha, está oficialmente em execução. Em até dois anos, a ilha deixará de depender das termelétricas a diesel e passará a ser abastecida majoritariamente por energia solar.
Essa transição energética é uma das principais prioridades do Governo de Pernambuco. Desde janeiro de 2023, uma força-tarefa com membros do governo estadual e federal tem trabalhado para estruturar o programa. Nesta sexta-feira (1°), o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Portaria 818/2024, que regulamenta esse processo.
“Fernando de Noronha é um patrimônio de todos os brasileiros. Estamos iniciando agora essa transição, um passo importante para garantir sua preservação. O Governo de Pernambuco tem uma estratégia clara para impulsionar as fontes de energia renovável, alinhando-se com a nova economia. Nossa prioridade é que essa mudança seja realizada de forma eficiente, sustentável e que promova a justiça social e climática,” declarou a governadora em exercício, Priscila Krause.
Nos próximos 30 dias, a Neoenergia, responsável pelo abastecimento na ilha, deverá apresentar um plano de investimentos em energia solar, com recursos estimados em R$ 300 milhões.
Após a aprovação, será iniciada a fase de licenciamento ambiental, etapa que envolverá discussões com a comunidade de Noronha. Logo após, será a vez da instalação e operação das placas solares.
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Com a colaboração do Governo de Pernambuco, do MME, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Neoenergia, a expectativa é que a transição esteja concluída até 2026. A mudança na matriz energética não trará custos adicionais para os residentes da ilha.
Tanto o governo estadual quanto o federal consideram a transição energética de Fernando de Noronha um exemplo para outras regiões do Brasil.
Ana Luiza Ferreira, secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha (Semas-PE), destaca que o projeto marca um avanço significativo ao eliminar o uso de combustíveis fósseis em uma área de conservação ecológica. “Essa transição foi planejada com cuidado para atender às necessidades da ilha e reduzir o envio de óleo, respeitando as áreas disponíveis em Noronha para essa finalidade,” celebrou a secretária.
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