Os mercadinhos de bairro são lojas pequenas que vendem produtos de conveniência e reposição para os consumidores. Eles estão em alta no Brasil, principalmente no Nordeste, onde o faturamento desses estabelecimentos cresceu 10% em 2023, segundo a NIQ. A expansão desse setor só reforça o aumento do consumo, já que a região vive um boom dos atacarejos.
Qual a vantagem dos mercadinhos de bairro?
Esses mercados têm como vantagem a proximidade com os clientes e a oferta de um mix de produtos adequado à demanda local. O professor de marketing e comportamento do consumidor da Unichristus e Faculdade CDL, Christian Avesque, ressaltou em entrevista ao Diário do Nordeste, que esses mercadinhos servem como complemento aos atacarejos, outro modelo de negócio que passa por um período de expansão. Enquanto os atacarejos atendem a jornada de compra do consumidor que pretende abastecer a residência, os mercados de vizinhança atendem demandas de reposição.
“O atacarejo é aquela compra grossa, feita do dia 1º ao dia 8, e as compras semanais de recomposição não são feitas nos atacarejos, são feitas nessas lojas de proximidade. É um movimento complementar. Quanto mais as nossas cidades ficarem densas, com grandes problemas de trânsito e segurança, mais as lojas de proximidade vão ser fundamentais. Quanto mais tem renda disponível, menos o consumidor se dispõe a se deslocar mais para buscar preços menores”, diz.
Empresas abraçam os mercadinhos de bairro
Ao mesmo tempo, grandes redes supermercadistas estão investindo nesse segmento, como o Carrefour, que lançou a franquia Carrefour Express. Outras marcas como Minuto Pão de Açúcar e Mini Extra também têm lojas de proximidade.
A Reforma Tributária pode facilitar a integração entre as vendas online e as físicas, o que pode beneficiar o setor. O consumidor está buscando cada vez mais a conveniência na hora de comprar, e os mercadinhos de bairro podem atender essa necessidade.
Com informações do Diário do Nordeste