Complexo do Pecém pode liderar a corrida pelo hidrogênio verde mais barato até 2030, segundo o BloombergNEF
Na mais recente análise divulgada pela BloombergNEF, uma perspectiva intrigante surgiu: o Complexo do Pecém, localizado no Ceará, Brasil, poderá estabelecer um novo padrão para o custo do hidrogênio verde até 2030.
Nomeado de “Energy Transition Factbook” (Manual da Transição Energética), esse relatório revelou que o hidrogênio verde, na forma de amônia verde, poderia ser transportado para Roterdã, a partir de diversos países, por um preço estimado entre 3 e 4 euros por kg.
Nesse contexto, o Brasil, juntamente com outros países latino-americanos, desponta com destaque devido à sua proximidade geográfica com a Europa.
“Os projetos na América Latina provavelmente vão competir com iniciativas na Austrália, Canadá, Oriente Médio e talvez nos Estados Unidos pela posição de provedor com menor custo”, sublinhou o relatório. Esse apontamento ressalta a estreita colaboração entre os portos de Rotterdam e Pecém no que diz respeito a essa questão.
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“A BloombergNEF prevê que até 2030, projetos no Brasil poderiam proporcionar amônia verde mais competitiva do mundo para ser entregue nos principais portos da Europa (Roterdã) e Japão (Tóquio) – tudo isso sem depender de subsídios”, enfatizaram.
“A amônia produzida no Brasil e enviada para Tóquio também é competitiva em termos globais, custando US$ 3,27/kg NH3, mesmo considerando a considerável distância entre esses dois portos”, acrescentaram. “O foco até agora tem se concentrado bastante no porto do Pecém, situado no estado do Ceará, Brasil”.
REDAÇÃO