Na região Nordeste do Brasil, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão inovando na produção de alimentos a partir de resíduos da tilápia, o peixe mais cultivado no país. Esses resquícios, que antes eram descartados, agora são transformados em deliciosas iguarias como gelatinas proteicas, salsichas, patês e embutidos do tipo apresuntado.
A Embrapa está buscando parcerias com empresas privadas para torná-los acessíveis aos consumidores
Vamos conhecer um pouco mais sobre essas novidades:
- Patê de Tilápia:
- O patê é preparado a partir da carne mecanicamente separada da tilápia.
- Para dar um toque especial, adiciona-se fibra de abacaxi.
- Sua fácil digestão o torna uma excelente opção para crianças e idosos que precisam de proteína animal, mas têm dificuldade com o pescado inteiro.
- Salsicha e Apresuntado:
- A salsicha e o apresuntado feitos com tilápia possuem teor reduzido de sódio.
- Além disso, não contêm corantes artificiais em sua composição.
- Esses produtos são para todos os públicos, promovendo uma alimentação saudável e sustentável.
Aproveitar os resíduos
O objetivo dessa pesquisa é aproveitar os resíduos da filetagem dos peixes. A tilápia, por ser tão popular no Brasil, gera uma quantidade de sobras que podem virar alimentos saborosos e nutritivos.
As indústrias brasileiras costumam priorizar os cortes mais demandados no mercado, como o filé, que representa cerca de 30% do peixe. No entanto, graças a iniciativas como essa da Embrapa, estamos encontrando maneiras inteligentes de aproveitar ao máximo os recursos disponíveis.
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Segundo a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), o Brasil exportou 35 mil toneladas de produtos de reciclagem de pescados em 2022. Esses produtos incluem farinhas, óleos, gorduras e outros resíduos provenientes do abate de peixes, gerando uma receita de aproximadamente US$ 26 milhões.
Em suma, inspirador ver como a pesquisa e a inovação podem transformar desperdícios em oportunidades, contribuindo para uma alimentação mais sustentável e diversificada. O Nordeste do Brasil está na vanguarda desse movimento, mostrando que é possível fazer mais com menos e cuidar do nosso planeta de forma consciente.
Foto: Embrapa