A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, consolida sua posição no mapa da inovação educacional ao levar estudantes da rede municipal para competir no Asia Open Championship da FIRST LEGO League, de 7 a 10 de agosto, em Macau (China). Os alunos embarcaram em 3 de agosto para participar da disputa que desafia jovens com projetos de robótica ligados à ciência, tecnologia e inovação.
Participação inédita da rede municipal em torneios globais
A cidade de Recife é a única do Brasil com alunos da rede municipal classificados para disputar a etapa mundial na China. O prefeito João Campos acompanhou os estudantes no aeroporto e declarou: “Agora, é competir, aproveitar a viagem e, com fé em Deus, voltar com a premiação”. Ele reiterou o orgulho pela delegação municipal que representará a capital pernambucana em um evento internacional.

Prefeito João Campos acompanha o embarque foto Hélia Scheppa Prefeitura do Recife
Perfil dos participantes e metodologia de ensino
A equipe é composta por estudantes da Escola Municipal de Tempo Integral Professor João Batista Lippo Neto e da Escola Municipal Rodolfo Aureliano, na categoria FLL Explore (Anos Iniciais):
- Ana Sophia (6º ano)
- Ezequiel Douglas (5º ano)
- João Vítor (5º ano)
- Vivian Mariana (5º ano)
De acordo com a Secult-Recife, o trabalho envolveu desenvolvimento de um projeto ao longo do ano, programação de robôs LEGO Mindstorms e intercâmbio cultural com equipes de diferentes países, promovendo o protagonismo dos alunos como agentes de transformação social.
Programa internacional e intercâmbio cultural
O evento integra o programa global da FIRST, que conta com mais de 35 mil equipes em aproximadamente 110 países, incentivando jovens a resolver problemas reais usando robótica aplicada à STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).
Além disso, o intercâmbio também faz parte da iniciativa “Recife no Mundo”, que receberá uma comitiva dos Estados Unidos no dia 3 de agosto, em contraponto às vivências dos alunos brasileiros no exterior.
Recife no torneio na China
Item | Detalhes |
---|---|
Evento | FIRST® LEGO® League – Asia Open Championship |
Data da competição | 7 a 10 de agosto de 2025 |
Local | Macau, China |
Categoria | FLL Explore – Anos Iniciais (9 a 15 anos) |
Escolas participantes | Prof. João Batista Lippo Neto; Rodolfo Aureliano |
Estudantes selecionados | Ana Sophia, Ezequiel, João Vítor, Vivian Mariana |
Missão | Apresentar projeto anual e competir com robôs programados |
Política educacional focada em inovação
O êxito da delegação é resultado da política educacional voltada à educação tecnológica adotada pela Prefeitura do Recife, que investe nos clubes de programação e robótica desde os primeiros anos escolares. Porém, o objetivo é desenvolver habilidades em pensamento computacional e metodologias ativas, preparando os alunos para desafios globais na era digital.
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Por que ensinar robótica no ensino médio é essencial
Estudos acadêmicos e experiências internacionais destacam os impactos positivos da robótica educacional no ensino médio:
- Melhora da motivação, criatividade e engajamento dos alunos, com impactos cognitivos medidores por ação prática e resolução de problemas.
- Estímulo à aprendizagem interdisciplinar, integrando disciplinas como matemática, física, programação e engenharia por meio de projetos interativos
- Formação de habilidades do século XXI, como trabalho em equipe, pensamento crítico, resiliência, comunicação e autogestão — competências valorizadas nas carreiras STEAM.
- Estudo mostrou ganhos significativos em desempenho escolar e engajamento nas aulas de matemática usando robótica como recurso didático.
Portanto, ao ensinar robótica no ensino médio, escolas ampliam o repertório tecnológico dos alunos, facilitam a transição para cursos superiores em engenharia ou computação e promovem inclusão por meio de atividades práticas e colaborativas.
Além disso, a participação de estudantes da rede municipal do Recife na etapa global da FIRST LEGO League é a expressão de uma política pública educacional estratégica e de longo prazo. Dessa maneira, essa iniciativa não apenas destaca o protagonismo estudantil em um palco internacional, como também reforça a abordagem STEAM e aprofunda o compromisso com o ensino de robótica no ensino básico.
Afinal, ao construir robôs, resolver desafios reais e interagir com jovens de outros países, os estudantes ganham repertório tecnológico, cultural e humano — um investimento que se projeta no futuro educacional de Recife.