Um estudo recente realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) revelou que o Nordeste abriga a metrópole brasileira com os menores índices de emissão de gases de efeito estufa entre as dez cidades mais populosas do país.
A cidade de Salvador, capital da Bahia, destacou-se como a que menos polui, registrando apenas 1,19 toneladas de emissão por habitante.
O levantamento, baseado no Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), monitorado pelo Observatório do Clima, aponta que, entre as grandes cidades, Manaus lidera como a mais poluente, com 3,06 toneladas por habitante.
O Rio de Janeiro (2,03) e Belo Horizonte (1,82) aparecem em seguida, fechando o pódio das cidades com maior volume de emissões.
No outro extremo, as cidades de Recife (1,56), São Paulo (1,22) e, finalmente, Salvador (1,19), apresentaram os melhores desempenhos, com menores emissões por habitante.
Ranking das 10 cidades mais populosas e suas emissões de gases de efeito estufa (em toneladas por habitante)
Posição | Cidade | Emissão (toneladas por habitante) |
---|---|---|
1º | Manaus | 3,06 |
2º | Rio de Janeiro | 2,03 |
3º | Belo Horizonte | 1,82 |
4º | Porto Alegre | 1,73 |
5º | Curitiba | 1,73 |
6º | Fortaleza | 1,64 |
7º | Goiânia | 1,61 |
8º | Recife | 1,56 |
9º | São Paulo | 1,22 |
10º | Salvador | 1,19 |
Meta da Agenda 2030 e os desafios para as metrópoles brasileiras
A Agenda 2030 é estabelecida pelos Estados-Membros da ONU desde 2015. E fixou uma meta global de desenvolvimento sustentável que inclui a redução das emissões de gases de efeito estufa. Um dos objetivos é que, até 2030, o volume de emissões líquidas chegue a 0,83 toneladas por habitante.
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Para que isso seja alcançado, algumas cidades, como Manaus, precisariam cortar mais da metade das suas emissões. Outras, como Salvador e São Paulo, já estão mais próximas da meta, mas ainda precisam reduzir significativamente suas emissões para cumprir os compromissos assumidos.
O estudo do ICS, que se baseia nos dados de 2022 do SEEG, visa trazer à tona a importância de incluir políticas ambientais sólidas no debate eleitoral e cobrar ações concretas dos candidatos que disputam as próximas eleições municipais.
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Ao mesmo tempo, os resultados deste levantamento mostram que ainda há muito trabalho pela frente. A princípio, atingir as metas da Agenda 2030 são o principal foco. Contudo, Salvador é um exemplo positivo de que é possível conciliar o crescimento urbano com a sustentabilidade ambiental.
E assim esperamos que mais metrópoles sigam esse caminho nos próximos anos.
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