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Economia

Nordeste registra as maiores quedas do preço da cesta básica; veja onde

Dados do IBGE indicam queda no preço da cesta básica em cinco capitais do Nordeste.
Redação, da Agência NE9
9 de setembro de 2025 - às 09:18
Atualizado 9 de setembro de 2025 - às 09:18
4 min de leitura

Se o seu gasto no supermercado pareceu um pouco menor no mês passado, não foi impressão. Dados oficiais confirmam uma tendência de baixa nos preços dos alimentos essenciais, trazendo um respiro para o orçamento das famílias brasileiras, com destaque para as capitais do Nordeste.

A princípio, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente em parceria entre o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e a Conab (Central Nacional de Abastecimento), revelou que o custo do conjunto de alimentos básicos caiu em 24 das 27 capitais do país em agosto.

Nordeste tem as maiores quedas do preço da cesta básica

A região Nordeste foi palco das reduções mais significativas no país. A tabela abaixo mostra o desempenho das cinco capitais nordestinas que lideraram essa queda:

CapitalVariação em Agosto (vs. Julho)Preço da Cesta (Agosto)
Maceió-4,10%R$ 596,23
Recife-4,02%R$ 681,92*
João Pessoa-4,00%R$ 622,00*
Natal-3,73%R$ 622,00
São Luís-3,06%R$ 659,19*
*Valores estimados com base na média regional e no contexto das demais capitais.

Como mostra os dados, Maceió liderou a queda nacional, seguida de perto por Recife e João Pessoa. Natal e São Luís também aparecem com reduções expressivas, superando a marca de 3%.

O cenário nacional

Enquanto o Nordeste comemora a queda, a pesquisa também mapeou onde a cesta básica pesa mais e menos no bolso do brasileiro. Em agosto, a capital com o custo mais baixo foi Aracaju (SE), onde a cesta básica saiu por R$ 558,16.

Já o outro extremo do ranking ficou com as capitais do Sudeste e Sul:

  • 1º Lugar (Mais Cara): São Paulo (R$ 850,84)
  • 2º Lugar: Florianópolis (R$ 823,11)
  • 3º Lugar: Porto Alegre (R$ 811,14)
  • 4º Lugar: Rio de Janeiro (R$ 801,34)

O que está por trás dessa queda?

Para especialistas e representantes do governo, a queda generalizada não é por acaso. O presidente da Conab, Edegar Preto, atribui o resultado ao sucesso das políticas públicas federais.

“Essa notícia mostra o acerto das políticas públicas do Governo do Brasil quando optou em incentivar especialmente a produção de alimentos para o nosso mercado interno. E está aí o resultado, que é extraordinário. Baixou o preço do arroz, baixou o preço do feijão, baixou o preço da carne, baixou o preço do café. E isso mostra que nós estamos no caminho certo”, destacou.

A economista do Dieese, Patrícia Costa, corrobora a visão, afirmando que “os preços dos alimentos responderam bem às recentes ações implementadas pelo Governo do Brasil”.

Uma tendência de alívio no ano

Apesar de altas pontuais em meses anteriores, a tendência de alívio para o consumidor também pode ser observada ao longo do ano. Goiânia, por exemplo, apresentou uma cesta 1,85% mais barata em agosto se comparada ao preço de janeiro. Brasília e Vitória também fecharam o período com leve deflação.

Sacos de arroz à venda em mercado. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Um sinal de esperança

Assim, a queda no preço da cesta básica, especialmente em regiões historicamente mais sensíveis às variações de custo de vida como o Nordeste, é mais do que um dado estatístico. Ela representa alívio concreto no orçamento familiar, maior acesso a alimentos e um sinal de que as políticas de abastecimento e segurança alimentar podem estar surtindo efeito.

Embora o valor ainda seja alto para muitas famílias, a trajetória de baixa é um passo importante na direção certa. Todos torcem para que setembro continue trazendo mais boas notícias para a mesa do brasileiro.

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