O Nordeste pode ganhar a sua primeira reserva indígena urbana. Isto porque a Arquidiocese de Olinda e Recife avança no processo de buscar garantir o direito dos povos originários retomar uma área de 120 hectares na Grande Recife.
Uma reunião ocorreu recentemente entre o bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife (PE) e presidente da Comissão Regional para a Ação Sociotransformadora da CNBB NE 2, dom Limacêdo Antonio da Silva, e representantes da aldeia Marataro Kaeté e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
De acordo com a Funai, o reconhecimento da terra passou da fase de “reivindicação” para “qualificação”. Mais do que uma mudança de status nos trâmites legais, essa etapa representa o novo momento para obtenção das demais políticas públicas, além do território, e também para cadastramento do povo e de sua situação e demandas.
Diante desse cenário, a Funai, por meio dos procuradores Ricardo Barroso e Nara Lopes, vai protocolar no processo de demarcação o pedido de envio do caso para a instância federal, bem como a prorrogação do prazo. Por abrigar diversas etnias indígenas como Xukuru, Karapotó, Fulni-ô e Warao, esta última de origem venezuelana, o órgão pretende criar a Reserva Indígena Marataro Kaeté, que pode ser a primeira em espaço urbano no Nordeste.
Com o Diário de Pernambuco