O ano de 2024 foi marcado por um desempenho econômico significativo para o Nordeste brasileiro. De acordo com dados da coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene, baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a região gerou um saldo de 330.901 novos empregos ao longo do ano, o que equivale a uma média de 27,5 mil postos de trabalho por mês. Esse número representa 19,5% do total de empregos criados no Brasil.
Dessa forma, posiciona a região como a segunda região com maior geração de empregos, atrás apenas do Sudeste, que respondeu por 46% do total nacional.
Neste artigo, vamos explorar os detalhes desse desempenho, destacando os estados e setores que mais contribuíram para esses números impressionantes.
Confira o desempenho por Estado do Nordeste
Os estados nordestinos que mais se destacaram em 2024 foram Bahia, Pernambuco e Ceará, responsáveis por 25,6%, 18,8% e 17% dos novos empregos da região, respectivamente. Confira a distribuição completa:
Estado | Novos Empregos (2024) | Participação no Nordeste |
---|---|---|
Bahia | 84.726 | 25,6% |
Pernambuco | 62.233 | 18,8% |
Ceará | 56.231 | 17,0% |
Rio Grande do Norte | 34.294 | 10,4% |
Paraíba | 27.614 | 8,3% |
Alagoas | 20.363 | 6,2% |
Maranhão | 16.327 | 4,9% |
Sergipe | 15.729 | 4,8% |
Piauí | 13.384 | 4,0% |
Desempenho por Setor
A princípio, o setor de serviços foi o grande protagonista na geração de empregos no Nordeste em 2024, respondendo por 53% do total de novos postos de trabalho. Em seguida, o comércio contribuiu com 24%, enquanto a indústria e a construção representaram 15% e 6%, respectivamente. O setor agropecuário ficou com apenas 2% do total.
Ajuste Sazonal
Embora o ano tenha fechado com números positivos, dezembro apresentou um saldo negativo de 53.927 postos de trabalho no Nordeste. Esse resultado, no entanto, é comum no final do ano, devido aos ajustes realizados após as festas de fim de ano. O Nordeste foi responsável por 10% do saldo negativo nacional, ficando atrás apenas da região Norte, que respondeu por 4,3%.
Segundo o economista Miguel Vieira de Araújo, da Sudene, essa queda é histórica e ocorre em todas as unidades da federação. “É um movimento sazonal, que não compromete o desempenho positivo do ano como um todo”, explicou.
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O Nordeste consolidou-se em 2024 como uma das regiões mais dinâmicas do Brasil em termos de geração de empregos. Com destaque para os setores de serviços e comércio, a região mostrou sua capacidade de impulsionar a economia nacional.
Assim o desempenho ao longo do ano reforça a importância de políticas públicas e investimentos que continuem a fomentar o crescimento econômico e a geração de empregos no Nordeste.
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