Nordeste diminui taxa de natalidade em quase cinco vezes

A região reduziu sua taxa de fecundidade em quase cinco vezes desde os anos 1960. 
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O Brasil está passando por uma transformação silenciosa nos seus padrões demográficos, e o Nordeste é um dos grandes protagonistas dessa mudança. Dados recentes mostram que a região, que já foi a campeã nacional de nascimentos, reduziu sua taxa de natalidade em quase cinco vezes desde os anos 1960. A princípio, este é um dos declínios mais acelerados do país.

Nordeste: de 7,5 filhos por mulher para 1,6 em cinco décadas

Em 1960, a mulher nordestina tinha, em média, 7,39 filhos. Dez anos depois, esse número aumentou para 7,53 – tornando o Nordeste a única região do país onde a natalidade cresceu nesse período.

Mas a partir dos anos 1980, a curva começou a cair drasticamente:
✔ 1980: 6,13 filhos por mulher
✔ 2000: 2,69 (próximo à taxa de reposição populacional)
✔ 2022: apenas 1,60 – abaixo do Centro-Oeste (1,64) e muito distante dos patamares históricos.

Qual a taxa de natalidade nas outras regiões?

O movimento de queda na natalidade foi nacional, mas em ritmos diferentes:

🔹 Sudeste – De 6,34 (1960) para 1,41 (2022), o menor índice do país.
🔹 Sul – De 5,89 (1960) para 1,50 (2022).
🔹 Centro-Oeste – De 6,74 (1960) para 1,64 (2022).
🔹 Norte – Ainda tem a maior taxa (1,89), mas caiu de 8,56 (1960).

Enquanto a maioria das unidades federativas já está abaixo da taxa de reposição (2,1 filhos por mulher)Roraima se destaca com 2,19. Na sequência, aparecem Amazonas (2,08) e Acre (1,90). Já os estados com menor natalidade são:

➡ Rio de Janeiro (1,35)
➡ Distrito Federal (1,38)
➡ São Paulo (1,39)

pai e filho
Cada vez mais casais estão optando por ter apenas um filho. Foto: Freepik

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O que explica essa queda acelerada na taxa de natalidade?

De acordo com estudiosos, a redução está ligada a:

✅ Urbanização acelerada (menos espaço e custo de vida mais alto nas cidades)
✅ Acesso a métodos contraceptivos
✅ Maior participação feminina no mercado de trabalho
✅ Mudanças culturais (priorização de carreira e redução no tamanho das famílias)

 O que esperar do futuro?

Com taxas abaixo do nível de reposição, o Brasil deve enfrentar desafios como:
🔻 Envelhecimento populacional
🔻 Pressão sobre a previdência
🔻 Mudanças no mercado de consumo

Assim, o Nordeste – que já foi sinônimo de famílias numerosas – hoje vive uma realidade bem diferente. Dessa forma, segue a tendência global de redução de nascimentos.

 

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