O Nordeste tem apresentado margens positivas, mesmo em cenários adversos, e desponta com grande potencialidade para uma produção sustentável nas próximas décadas. A prova disso é que de 1º a 4 de fevereiro, produtores rurais, investidores e tomadores de decisão do agronegócio brasileiro marcam presença no SEALBA Show, uma das principais referências em eventos agropecuários e tecnológicos da região Nordeste, que acontece no Parque Cunha Menezes, em Itabaiana, no agreste de Sergipe.
SEALBA – siglas dos Estados de Sergipe, Alagoas e Bahia – é a localização considerada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros como um grande polo agrícola, que tem hoje na cultura das olerícolas e na pecuária de corte suas principais atividades econômicas.
Entre os destaques deste ano, os visitantes poderão conferir o desempenho da Brachiaria Híbrida Mavuno, que tem despertado a atenção de pesquisadores brasileiros e estrangeiros por elevar e superar patamares de produtividade na pecuária, mesmo em condições adversas como o estresse hídrico, sendo aliada ainda na integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Em campos de produção, o híbrido de pastagem tem demonstrado alta capacidade de recuperação, até em solos de baixa fertilidade e em situação de seca, por sua estratégia de sobrevivência, que reduz a perda de água e “paralisa” a fotossíntese para um rebrote mais rápido na retomada das chuvas.
Recentemente, houve um estudo sobre o assunto, liderado pelo agrônomo e professor Dr. Carlos Alberto Martinez y Huaman e conduzido pelo biólogo e pós-doutorando Eduardo Habermann, que deu origem ao artigo “Low soil nutrient availability does not decrease post‑drought recovery of Brachiaria Mavuno”, publicado na revista Brazilian Journal of Botany. Além do nível de tolerância à seca, a homogeneidade da forragem, sua palatabilidade e teor proteico também têm sido observados em campo, por especialistas e produtores, como objeto de diferenciação ao contribuir na maior taxa de lotação por hectare, com redução da área de ocupação e apoio na recuperação de solos degradados.
“Sergipe e o Nordeste brasileiro representam a grande fronteira agropecuária dos próximos anos. Isso significa dizer que a cadeia produtiva tem a possibilidade de repensar e realizar seus planos de negócios, planejamentos de safra, bem como projetos futuros, a partir de soluções inovadoras, tecnológicas, eficazes e sustentáveis. Investir para alavancar o potencial dessa região tem de ser uma premissa de todos que desejam gerar valor agregado e fomentar casos de sucesso que sirvam de exemplo positivo e propositivo para outras regiões dentro e fora do País. Estamos diante de um verdadeiro manancial para a agropecuária 5.0”, avalia José Coutinho de Almeida Jr., Coordenador Regional de Vendas da Wolf Sementes.
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