O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde de geração instantânea de energia eólica.
O marco foi atingido no subsistema Nordeste em 23 de julho, às 21h09min, com uma produção de 19.028 MW, equivalente a 152,8% da demanda do submercado naquele momento.
O recorde anterior, de 18.725 MW (149,9% da demanda), ocorreu quase um ano antes, em 14 de agosto de 2023, às 22h56min.
O período de julho a setembro, conhecido como a temporada dos ventos, aumenta a probabilidade de novos recordes de geração serem estabelecidos nas próximas semanas.
A geração de energia eólica é sazonal ao longo do ano, com os ventos do Nordeste proporcionando maior produção durante o período seco em comparação ao período úmido.
Com o crescimento constante da capacidade instalada de geração eólica, novos recordes de geração instantânea têm sido alcançados a cada temporada.
Para a produção de energia eólica, são necessários ventos estáveis, com intensidade adequada e sem mudanças bruscas de velocidade ou direção. O Brasil possui uma grande quantidade desses ventos.
Os maiores potenciais eólicos estão na parte setentrional do Nordeste, onde os ventos são fortes, unidirecionais e estáveis.
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Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Brasil tem capacidade para produzir 22.000 MW de energia eólica, com a região Nordeste responsável por 20.000 MW, ou mais de 90% da produção nacional.
Atualmente, o país possui 828 parques eólicos em operação, sendo 725 no Nordeste, conforme dados de 2022.
Os estados que mais geraram energia eólica foram Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará, que juntos representaram cerca de 84% da produção total dessa fonte.