Formuladores de políticas públicas de todo o mundo podem aprender lições valiosas sobre como combater com êxito a pobreza de aprendizagem e melhorar o processo de aprendizagem para todas as crianças a partir da experiência do Ceará (com seus 9 milhões de habitantes) e Sobral, município cearense com 200.000 habitantes. O Ceará e Sobral tinham baixos níveis de alfabetização há 20 anos e melhoraram a qualidade de seus sistemas educacionais muito mais rapidamente do que o resto do país, alcançando níveis de qualidade educacional comparáveis aos dos países mais desenvolvidos.
“O Ceará é um modelo de redução da pobreza de aprendizagem” apresenta as principais reformas educacionais implementadas no estado que levaram a melhorias significativas na qualidade do ensino fundamental. Apesar de ter o 5º PIB per capita mais baixo entre os 26 estados brasileiros, o Ceará registrou o maior aumento no índice nacional que captura a qualidade da educação (IDEB) nas duas etapas do ensino fundamental desde 2005. Dez de seus municípios estão entre os 20 primeiros no ranking nacional, incluindo Sobral, que tem a maior pontuação.
“Alcançando um Nível de Educação de Excelência em Condições Socioeconômicas Adversas – O Caso de Sobral” analisa os principais aspectos das reformas realizadas pelo município. Em 2005, Sobral nem sequer figurava entre os mil municípios do Brasil com maior IDEB. Mas em 2017, após a reforma educacional, o município ocupava o primeiro lugar no IDEB nas duas etapas do Ensino Fundamental, uma reviravolta impressionante.
As melhorias na educação no Estado do Ceará e no município de Sobral são resultado de um pacote abrangente de reformas na educação. Em uma época em que a reformulação do sistema educacional é necessária devido ao impacto da pandemia da Covid-19, os modelos de política educacional do Ceará e Sobral podem ser um bom exemplo para todos os países que desejam que seus sistemas educacionais retornem a funcionar melhor do que eram antes, visando a erradicar a pobreza de aprendizagem e construir capital humano.
FONTE: WORLDBANK.ORG