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Museu de Arte da Bahia recebe exposição de Moraes Moreira

Em agosto, estreia a exposição Mancha de Dendê não sai – Moraes Moreira, uma iniciativa inédita que tem como objetivo proporcionar aos visitantes uma imersão sensorial na história da música popular e da cultura brasileira por meio da vida e obra de um dos artistas mais relevantes do país. A exposição estará à mostra no Museu de Arte da Bahia (Av. Sete de Setembro, 2340 – Corredor da Vitória, Salvador – BA), de terça-feira a domingo, das 10h às 18h durante três meses, com acesso gratuito.

Mancha de Dendê não sai – Moraes Moreira, mostra única e exclusiva, apresenta uma retrospectiva abrangente da carreira de Moraes Moreira, destacando sua versatilidade como compositor, suas parcerias musicais, suas incursões na literatura e suas raízes profundamente conectadas à Bahia. A exposição explora a diversidade musical do Brasil com canções do artista, reconhecido por mesclar ritmos como frevo, baião, rock, samba, choro e música erudita em suas composições. Além disso, são evidenciadas suas colaborações musicais com seu filho Davi Moraes, assim como suas incursões no campo da literatura como cordelista e cronista de histórias da Bahia.

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Sobre Moraes Moreia

A obra de Moraes Moreira é uma verdadeira viagem musical que nos transporta pelas cores, ritmos e poesia da cultura brasileira. Como um dos grandes expoentes da música popular brasileira, Moraes Moreira deixou um legado imensurável, repleto de criatividade e autenticidade.

Sua carreira começou nos anos 70, quando integrava os Novos Baianos, uma banda que se destacava pela fusão de estilos musicais, incluindo samba, rock, frevo, entre outros. Juntamente com o grupo, Moraes Moreira produziu álbuns icônicos, como “Acabou Chorare”, que se tornou um marco na música brasileira.

Após sair dos Novos Baianos, Moraes Moreira seguiu carreira solo, revelando sua genialidade como cantor, compositor e multi-instrumentista. Sua música era repleta de influências regionais, trazendo elementos nordestinos em harmonia com outros ritmos brasileiros, resultando em um som singular e envolvente.

As letras de Moraes Moreira também merecem destaque. Seu olhar poético sobre o cotidiano e as peculiaridades do Brasil encontrava-se imbuído de crítica social, amor, alegria e reflexões profundas. Através de suas canções, ele proporcionava ao público uma experiência única, capaz de tocar o coração e fazer pensar.

Seus sucessos como “Pombo Correio”, “Sintonia” e “Bloco do Prazer” são apenas alguns exemplos da riqueza de sua obra. Moraes Moreira trilhou uma trajetória musical que ultrapassou fronteiras, conquistando admiradores em diversas partes do mundo.

Além de seu talento como músico, Moraes Moreira também foi um defensor da cultura brasileira, sempre atento à preservação das tradições e ao estímulo de novos artistas. Sua contribuição para a música e para a cultura do país é inegável, deixando um legado que continua a inspirar gerações.

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Infelizmente, o Brasil perdeu esse grande artista em 2020, mas sua música e sua poesia permanecem vivas, ecoando na alma de todos que têm o privilégio de apreciar sua obra. Moraes Moreira nos ensinou que a música é uma manifestação poderosa de nossa identidade cultural e emocional, e seu legado continuará ecoando por muito tempo, trazendo luz e encantamento para aqueles que a escutam.

Discografia de Moraes Moreira:
1975 – Moraes Moreira (Som Livre)
1977 – Cara e Coração (Som Livre)
1978 – Alto Falante (Som Livre)
1979 – Lá vem o Brasil Descendo a Ladeira (Som Livre)
1980 – Bazar Brasileiro (Ariola)
1981 – Moraes Moreira (Ariola)
1982 – Coisa Acesa (Ariola)
1983 – Pintando o Oito (Ariola)
1984 – Mancha de Dendê Não Sai (Ariola)
1985 – Tocando a Vida (CBS)
1986 – Mestiço é Isso (CBS)
1988 – República da Música (CBS)
1988 – Baiano Fala Cantando (CBS)
1990 – Moraes e Pepeu (Warner Music)
1990 – Moraes e Pepeu no Japão (Warner Music)
1991 – Cidadão (Sony Music)
1993 – Terreiro do Mundo (Polygram)
1993 – Tem um Pé no Pelô (Som Livre)
1994 – O Brasil tem Conserto (Polygram)
1995 – Acústico MTV Moraes Moreira (EMI-Odeon)
1996 – Estados (Virgin)
1997 – 50 Carnavais (Virgin)
1999 – 500 Sambas (Abril Music)
2000 – Bahião com H (Atração Fonográfica)
2003 – Meu Nome é Brasil (Universal)
2005 – De Repente (Rob Digital)
2009 – A História dos Novos Baianos e Outros Versos (Biscoito Fino)
2012 – A Revolta dos Ritmos (Biscoito Fino)
2015 – Nossa Parceria – com Davi Moraes (Deckdisc)
2018 – Ser Tão (Discobertas)

A Exposição

O evento é uma merecida homenagem a esse legado duradouro e à sua personalidade marcante, refletida tanto em seu trabalho artístico quanto em suas raízes baianas. Salvador foi escolhida como ponto de partida para a exposição, que, ainda neste ano, irá estrear também no Rio de Janeiro.

A exposição foi idealizada pela produtora cultural, diretora da Maré Produções Culturais, Fernanda Bezerra e pela cenógrafa Renata Mota, que também assina a direção de arte e curadoria do projeto e é um projeto apresentado pelo Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com o patrocínio da Bahiagás e do Instituto Cultural Vale. A ação é uma realização da Maré Produções Culturais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

REDAÇÃO

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